Parasitoses Intestinais
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Parasitoses Intestinais

Nos últimos anos, as parasitoses intestinais passaram a ter grande importância na saúde pública devido à alta taxa de incidência sobre uma parte da população, que na maioria das vezes era a porção com deficiências socioeconômicas. Existem locais em que há o predomínio dessas parasitoses como zonas rurais e periferias de grandes centros, que não possuem um sistema de saneamento básico. Essas parasitoses podem causar agravos à saúde de diversas formas, como carências nutricionais que podem interferir na absorção de nutrientes ou dimensão do apetite, provocar uma obstrução intestinal em caso de superpopulação, entre outros, podendo levar o paciente a óbito.

De acordo com relato feito por Rojas (2015), o número de infectados no mundo chega a 4,55 bilhões de pessoas onde 3,2 bilhões são causadas por nematóides, 1,11 bilhões por cestódeos e 240 milhões por trematódeos.

As parasitoses intestinais são para a saúde pública brasileira um fator de grande preocupação, uma vez que podem inclusive causar impactos sociais e econômicos. Em regiões de clima tropical como é o Brasil, a taxa de prevalência dessas parasitoses é elevada se comparada com a de países onde entre outros fatores, o clima não apresenta características tropicais.

Uma das formas que as parasitoses podem afetar o humano, é a parasitose intestinal, que apesar de ser uma forma relativamente comum na população brasileira, tem um difícil controle, por apresentar diversas formas de disseminação. De acordo com Andrade et al. (2010), as condições de vida, moradia, saneamento, bem como as informações sobre os parasitas são fatores determinantes para a alta taxa de infecção que acomete a população.

Os principais parasitas patogênicos encontrados em humanos que desenvolveram as parasitoses pertencem aos filos Sarcomastigophora, Apicomplexa, Ciliophora, Microspora, Acantocephala, entre outros (LIMA, 2014).

O modo de transmissão das parasitoses é variado podendo ser classificadas: em monoxenas, ou seja, aquelas que só têm um hospedeiro em seu ciclo biológico além de ocorrer indiretamente através da contaminação do solo, água e alimentos por ovos e cistos. Pode ainda ser de maneira fecal-oral, através de mãos sujas e/ou mal lavadas, em que pode ocorrer a reinfecção, quando as mãos são levadas da região anal para a região oral, ou quando tocam em objetos e mais tarde os levam à boca (SPÓSITO E VIOL, 2012).

Outro modo de transmissão pode ocorrer quando o parasita é do tipo heteróxeno, em que os parasitas têm hospedeiros intermediários e definitivos, e a transmissão ocorre através de alimentos contaminados, isto é, quando há a ingestão de cisticercos em carnes malcozidas (REY, 2008; SPÓSITO E VIOL, 2012), como no caso da toxoplasmose, causada pelo Toxoplasma gondii.


~ REFERENCIAS ~

ANDRADE E.C.; LEITE I.C.G.; RODRIGUES V.O.; CESCA M.G. Parasitoses Intestinais: Uma Revisão Sobre Seus Aspectos Sociais, Epidemiológicos, Clínicos e Terapêuticos. Revista de APS. 13(2): 231-240. Juiz de Fora, MG. 2010.

LIMA, F.K.O. Ocorrência De Parasitoses Intestinais Em Pacientes Atendidos No Laboratório Municipal Da Cidade De Orós-Ce. Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Farmácia – Universidade Estadual da Paraíba – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. 39 p. Campina Grande – PB. 2014.

REY, L. et al. Parasitologia. 4 ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan,2008.

ROJAS Y.G. Projeto de Intervenção com vistas à Redução do Indice de Parasitose Intestinal na Área de Abrangencia da Equipe 2 do Programa de Saúde da Familia da Comunidade de Piedade do Municipio de Capelinha – Minas Gerais. Trabalho de Conclusão de Curso – Especialização Estratégica Saúde da Familia – Universidade Federal de Minas Gerais. 35 p. Teófilo Otoni – MG. 2015.

 

SPÓSITO J.D.; VIOL B.M.; Avaliação da Contaminação Ambiental por Parasitas Potênciais Causadores de Zoonoses em Espaços Públicos de lazer em Apucarana, Paraná, Brasil. Revista de Saúde e Pesquisa.; 5(2): 332-337, 2012.


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