Pa[re]pense
Sejam bem-vindes à Edição 03 da revista Parepense onde abordamos o tema do Letramento e Economia 4.0. Nunca tivemos acesso a tanta informação, graças a sites, aplicativos e outras tecnologias digitais. Entretanto, ler, compreender e escrever bem vem se tornando uma raridade, o que pode comprometer as capacidades cognitivas de pessoas de todas as idades e dificultar a sobrevivência na Economia 4.0.
Especialistas de diferentes áreas - de neurocientistas a filósofos - mostram como ler livros, em especial os que requerem leitura profunda, como as obras clássicas da literatura que mobilizam imaginação, atenção e memória do leitor, pode ajudar, e muito, na formação da atitude de eterno aprendiz que a Quarta Revolução Industrial exige.
O que a literatura pode fazer pela Economia 4.0
Ler obras literárias é muito mais do que um dever ou prazer. Esta atividade é comprovadamente eficaz para aumentar e preservar capacidades cognitivas e emocionais ao longo da vida, contribuindo para o aprendizado contínuo exigido pela Quarta Revolução Industrial.
A revolução dos livros
Em papel ou digitais, as obras escritas desenvolvem habilidades cognitivas fundamentais e específicas, que não são estimuladas por fotos, vídeos ou sites e apps informativos. Saiba mais em “O livro como prótese reflexiva”, artigo da professora Lucia Santaella publicado originalmente na revista “Matrizes”, vol. 13 - nº 3 - set./dez 2019.
Império do bê-a-bá prejudica formação de leitores
As professoras Kindel Turner Nash e Leah Panther, especializadas em alfabetização, criticam o uso massivo do método fonético para ensinar a ler, já que inúmeros alunos aprenderiam mais e melhor com outras abordagens. Confira no artigo “Há mais de uma boa maneira de ensinar as crianças a lerem”, publicado originalmente no The Conversation.
Quem veio antes: a desigualdade ou a educação precária?
Emerson de Pietri, professor da Faculdade de Educação da USP, explica porque considera o déficit educacional brasileiro consequência do abismo socioeconômico, e não a causa dele. Leia a reportagem “É preciso diminuir a desigualdade no Brasil para que a educação possa melhorar”, publicada originalmente no Jornal da USP.
Família que lê unida fica mais instruída
A professora Peggy Albers revela os inúmeros efeitos positivos da leitura feita em conjunto, especialmente por pais e filhos, com ganhos significativos na alfabetização e no letramento de crianças e de adultos. Saiba mais no artigo “Ler para seu filho: a diferença que faz”, publicado originalmente no The Conversation.
Recomendados pelo LinkedIn
“Bons leitores são formados desde bebês”
A psicopedagoga Janair Cassiano foi o braço direito de Magda Soares, referência nacional em alfabetização, e conta nesta entrevista porque investir no desenvolvimento de educadores infantis é crucial para melhorar o uso da língua portuguesa por jovens e adultos.
Até os livros que não lemos estimulam a leitura
Obras literárias repelidas por serem difíceis ou decepcionantes alimentam a curiosidade por outros títulos, ampliando o repertório dos leitores. No livro “A biblioteca no fim do túnel”, de Rodrigo Casarin, o jornalista descreve essa dinâmica labiríntica. Confira no capítulo “A maravilha que é ser um leitor fracassado”.
A revista eletrônica Parepense busca provocar, ampliar e transformar a compreensão e o questionamento do tempo em que vivemos, sempre a partir do olhar de variados autores e saberes, da Filosofia às Artes. Nosso nome diz tudo: pare! Pense. E repense.
Por meio de reflexões profundas, críticas e sensíveis à realidade, Parepense aposta na força de ideias que contribuam para uma visão de mundo mais plural, ética e responsável. Por isso a linguagem da revista é simples, mas seus assuntos são complexos.
Com sede em São Paulo (SP), o time da revista trabalha com autores de diferentes partes do mundo, para oferecer um conteúdo que seja sempre relevante, interessante e impactante.
Além das colaborações especiais em cada edição, a revista conta com a seguinte equipe:
Abel Reis
Editor-chefe da Parepense, autor do livro “Sociedade.com: Como as tecnologias digitais afetam quem somos e como vivemos”, pesquisador na Cátedra Oscar Sala do Instituto de Estudos Avançados da USP, Doutorando em Filosofia pela PUC-SP, co-fundador da consultoria Logun.
Gabriela Garcia
Editora de texto da Parepense, jornalista, psicanalista e graduada em Ciências Sociais.
Leandro Silva
Artista visual da Parepense, executivo de marketing, fotógrafo, praticante da psicanálise e co-fundador da Roda(da) diversidade - psicanálise e vivências LGBTQIA+.
Apoios e Patrocínios
Sua ajuda é essencial para manter a Parepense gratuita, atuante e independente. Contamos com duas modalidades de contribuições: a doação direta em dinheiro, via Pix, ou o patrocínio – exclusivo ou não – das seções editoriais da revista. Se quiser e puder nos ajudar, clique aqui.
✅ LinkedIn Top Voice (Business Innovation) - 2024 | Conselheiro Consultivo | Análise Estratégica de Cenários Futuros -Inovação, Comunicação e Aplicações de Inteligência Artificial (IA) | Apresentador e Palestrante
1 aMais uma edição robusta, sobre um dos temas mais relevantes da sociedade. Parabéns, Abel.
Comunicação e Psicanálise
1 aParabéns, Abel! Esse tema é doloroso mas também necessário e bonito. Ler pouco diz muito sobre como estamos vivendo e nutrindo nosso conhecimento e nossa experiência e os das novas gerações. Precisamos abrir um bom livro hoje, agora, urgentemente. É uma alegria fazer parte do time da Parepense! Que essa edição inspire mais e boas leituras