Paris 2024 deu espaço para talentos e futuras estrelas da mídia esportiva
Os Jogos Olímpicos Paris 2024 foram uma oportunidade ímpar para o surgimento de novos talentos e pavimentaram o caminho para futuras estrelas da mídia esportiva.
No vídeo (abaixo) em que comento o que vi e gostei na cobertura da Globo e da Cazé TV - ambas detentoras dos direitos de transmissão - dos Jogos Olímpicos, falo sobre o narrador Everaldo Marques. Com seu estilo carismático, ele caiu nas graças do público que o acompanhou em diferentes esportes na Globo.
Everaldo é o símbolo deste movimento de renovação da mídia esportiva televisiva, que viu em Paris 2024 um ícone como Galvão Bueno participar apenas da cerimônia de abertura pela Globo - e ainda como comentarista. Substituto na função de principal narrador da emissora, Luis Roberto teve uma performance apagada. Nem ruim, nem boa, apenas apagada.
E foi neste vácuo que Everaldo brilhou, mostrando acima de tudo muita polivalência para não só narrar esportes mais desconhecidos do grande público como skate, surfe, canoagem e ginástica artística, mas também trazer emoção e didatismo ao seu trabalho.
Além dele, queria destacar o excelente movimento da TV Globo de ter montado uma equipe só de mulheres para transmitir o futebol feminino do Brasil. Natália Lara, Ana Thaís Matos, Cris Roseira e Alline Calandrini montaram o quarteto que desempenhou um ótimo papel nos Jogos Olímpicos. A audiência veio junto: o futebol feminino foi de longe o mais visto entre as modalidades.
Cheguei a analisar durante a competição (vídeo abaixo) que faltou coragem para a Globo para dar mais espaço para Everaldo e Natália durante os Jogos.
Recomendados pelo LinkedIn
Cazé TV: celeiro de novos talentos?
Mas não foi só a Globo com gratas surpresas na renovação de talentos da mídia esportiva. A Cazé TV montou para os Jogos Olímpicos uma equipe com bons nomes que vão dar o que falar nos próximos anos.
Principal âncora da Cazé TV, Luís Filipe Freitas se consolidou nestes Jogos Olímpicos como um dos grandes nomes da nova geração da mídia esportiva. Seguro, carismático (e incisivo nas horas importantes), ele mostrou muito talento e polivalência durante toda a competição.
Seguindo no quesito polivalência, me surpreendeu positivamente o narrador Marcelo Hazan, que foi muito tempo meu colega de setorismo esportivo e decidiu mudar para a narração para realizar um sonho. Na Cazé TV, fez um ótimo trabalho principamente no atletismo (mas também no tênis, o que mostra que é um profissional com recursos).
Ainda sobre a Cazé TV, queria destacar o trabalho de João Barretto e Day Natale nas reportagens. João é um apaixonado por esportes olímpicos. Ganhou em Paris o reconhecimento merecido por sua dedicação ao tema. O ápice da sua cobertura foi a ótima entrevista que fez com o Caio Bonfim depois da conquista da medalha de prata na marcha atlética.
Day Natale mostrou em Paris que é uma repórter carismática, polivalente e, acima de tudo, empática - característica pouco valorizada, mas que a meu ver faz muita diferença. Me emocionei muito com a entrevista com a Beatriz Souza depois da conquista da medalha de ouro.
Everaldo Marques, Natália Lara, Ana Thaís Matos, Aline Calandrini, Luís Filipe Freitas, Marcelo Hazan, João Barreto, Day Natale...anote esses nomes. Você vai ouvir falar (ainda mais) deles nos próximos anos.
Jornalista | Produtor de Conteúdo | Social Media
4 mEveraldo Marques e Natália Lara deram show. Gustavo Villani consolidou seu crescimento e, logo menos, estará no mesmo patamar do Luis Roberto, que é um tanto histriônico.