Parlamentares defendem antecipar aumento da mistura de biodiesel
Audiência discute percentual de biodiesel no diesel e impacto no motor do veículo. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Parlamentares defendem antecipar aumento da mistura de biodiesel

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Você vai ver aqui: custo, qualidade e a chegada do diesel renovável: debate sobre alternativas para o diesel segue movimentando Brasília.
Novo plano da Petrobras no governo Lula será definido até o fim do ano. Companhia precisa recuperar o tempo perdido com uma estratégia "atrasada", sinaliza Tolmasquim. Mais: ArcelorMittal no mercado livre de gás e Equinor no mercado de energia.
E a partir das 9h00, Márcio França (PSB), ministro de Portos e Aeroportos, apresenta os planos da pasta na Câmara dos Deputados. Assista ao vivo

Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) defendem antecipar o calendário de aumento da mistura obrigatória de biodiesel. A partir de abril, a política retorna aos 12% (B12) e o cronograma aprovado com a mudança de governo prevê atingir 15% em 2026. 

Cabo de guerra. A inserção do biodiesel é impopular entre entidades do setor de transporte, que tentam conter a ampliação da mistura. Os produtores do biocombustível rebatem na disputa que envolve meio ambiente e clima, custos e, ganhando força, qualidade dos combustíveis.

“Consideramos que essa meta [15% em 2026] poderia ser até antecipada no momento oportuno, o que nós vamos buscar. Somos a favor de ampliar [a mistura de biodiesel]”, afirmou ontem o vice-presidente da FPA, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), em encontro da frente.

– Os produtores já haviam colocado essa proposta em março. Os preços do biodiesel recuaram – do diesel A também – e a adição deixou, nesse início de 2023, de ser uma vilã do custo final, nas bombas.

B20. Os choques no mercado de 2021 para cá adiaram outra agenda, que é a busca pelos 20%. “O setor imagina o cenário, com o nosso apoio, de que essa mistura gradativamente pode chegar – porque há base tecnológica para isso, há justificativa econômica – até vinte por cento”, defendeu o deputado. 

A mediação está por conta do governo federal. Há projetos na Câmara dos Deputados para determinar o calendário em lei, mas os parlamentares têm evitado recorrer a essa medida – e apoiadores não encontraram espaço até o momento.

E segue o debate do diesel renovável. O deputado Zé Trovão (PL/SC), crítico do aumento da mistura de biodiesel, cobrou do Ministério de Minas e Energia (MME), nesta terça (18/3), um “plano de ação” do governo para inserção de novas rotas. Tema de audiência na Câmara: Deputado cobra proposta do governo para diesel verde.  

Qualidade. O presidente da FPBio, Alceu Moreira (MDB/PR), disse ainda que o grupo defendeu para o governo a rastreabilidade do biodiesel na cadeia produtiva para rebater as acusações sobre os problemas técnicos causados pela mistura.

– O governo prometeu aos parlamentares um estudo sobre o efeito do biocombustível nos motores – tentativa de apaziguar a disputa que tem se criado entre setor de transportes e parte do agronegócio.




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Petrobras vai revisar plano estratégico ao final do ano Empresa começou a revisão do plano estratégico quinquenal e vai divulgar ao final de 2023 o novo planejamento para 2024-2028, disse Maurício Tolmasquim, indicado para a diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis. 

– Ele afirma que a transição energética “não era prioridade” e destacou que a companhia “está atrasada” em relação às emissões de escopo 3, que incluem os produtos oferecidos ao mercado – como derivados de petróleo. Tolmasquim ressaltou, ainda, que a descarbonização dos produtos deve ganhar espaço no novo plano. (epbr)

O que está em jogo na Foz do Amazonas A margem equatorial, região onde está localizada a promissora Bacia da Foz do Amazonas, já foi chamada de “novo pré-sal” pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e é parte importante da estratégia exploratória da Petrobras nos próximos anos. 

– Por falta de licenciamento ambiental, contudo, nenhum poço foi perfurado no local desde que os blocos foram licitados há uma década. Três governos – Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro – já se passaram, sem uma solução para o impasse em torno da liberação das campanhas exploratórias na região. Entenda o que está em jogo nessa disputa entre petroleiras e ambientalistas. (epbr)

Guerra na Ucrânia dobra remunerações de CEOs de petroleiras O aumento nos pagamentos a executivos-chefes de empresas do setor ocorre em meio a recordes nos lucros das companhias em 2022, num ano marcado pela valorização do petróleo.  

– A ExxonMobil, por exemplo, pagou US$ 36 milhões a Darren Woods em 2022, valor 52% superior ao registrado em 2021; Ben van Beurden, ex-CEO da Shell, recebeu US$ 12 milhões em 2022, 53% a mais do que em 2021; e a remuneração de Bernard Looney, da BP, mais do que dobrou, para 10 milhões de libras em 2022. (Financial Times)

ArcelorMittal entra no mercado livre de gás Siderúrgica fecha contrato com a Galp para uso de 260 mil m3/dia no terceiro Alto-forno da usina de Tubarão (ES). A companhia assinou contrato com a ES Gás, para uso da rede da distribuidora capixaba. (epbr)

– A siderúrgica também anunciou a formação de uma joint venture com a Casa dos Ventos, para o desenvolvimento de um projeto de energia eólica de 553,5 MW. O projeto, de R$ 4,2 bilhões, tem como objetivo descarbonizar uma parte considerável das necessidades futuras de eletricidade das operações da empresa no Brasil.

GNV fica mais barato no Rio de Janeiro a partir de maio Naturgy vai reduzir entre 1,45% e 3,23% as tarifas do gás natural para os postos de combustíveis, no estado. Na Região Metropolitana do Rio, para clientes da CEG, a queda será de 1,45%; e no interior, na área de concessão da CEG Rio, a tarifa do GNV cairá 3,23%. (epbr)

Orizon prepara nova oferta de ações na bolsa Empresa de tratamento de resíduos quer fazer oferta subsequente de ações (“follow-on”) de cerca de R$ 500 milhões, numa operação que deve marcar a saída da gestora Jive do capital da companhia. Mas a Orizon 

também avalia uma oferta primária da ordem de R$ 100 milhões para reforçar o caixa, num momento em que a empresa executa um plano de expansão baseado na aquisição de aterros para aproveitamento de soluções como biogás e biometano. (Valor)

E ZEG Biogás fecha parceria com empresa canadense A companhia brasileira, aposta da Vibra Energia no mercado de biometano, firmou um acordo de colaboração que lhe dá direitos exclusivos na fabricação e comercialização, no Brasil, de tecnologia da Greenlane Renewables para purificação de biogás. A ZEG mira aterros sanitários e usinas de cana.

BNDES negocia de captação de ao menos US$ 4,5 bilhões O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social negocia com organismos internacionais a captação para investir nos próximos quatro anos, de acordo com o diretor de Planejamento do banco, Nelson Barbosa. Ele lembra que o valor – o equivalente a R$ 22,3 bilhões – poderá ser investido na economia brasileira até 2026, com foco em micros, pequenas e médias empresas e em infraestrutura (Agência Senado)

Captura de carbono demandará centenas de novos hubs até 2050 Aposta de países e empresas — especialmente petroleiras — para alcançar as metas de emissões líquidas zero de CO2 até 2050, a captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS, na sigla em inglês) precisa aumentar 120 vezes em relação aos níveis atuais, aponta uma análise da McKinsey. Significa capturar 4,2 bilhões de toneladas do gás de efeito estufa por ano. Em 2021, a tecnologia respondeu pela captura de 44 milhões de toneladas de CO2. (epbr)

Parlamento Europeu aprova mudanças no mercado de carbono Novo mecanismo de taxação vai impor às empresas que atuam na UE como importadoras a obrigação de comunicar, na fronteira, a quantidade de emissões contidas nas mercadorias compradas do exterior. A taxa foi pensada para proteger as companhias do bloco europeu da concorrência de países que não têm os custos do mercado de carbono. (Ansa)

Equinor expande atividades de trading de energia no Brasil Danske Commodities, comprada pela norueguesa em 2019, estreia na América do Sul. A Equinor produz petróleo no Brasil, mas em 2018 expandiu o portfólio para energias renováveis com a entrada em operação do parque de geração solar de Apodi (162 MW), no Ceará. Em 2022, o consórcio formado pela Equinor, Scatec e Hydro Rein iniciou as obras do parque solar de Mendubim (531 MW), em Assú (RN), previsto para este ano. (epbr)


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