Parte da jornada é o fim...
Faço parte de uma geração que forma novos empreendedores todos os dias. Pessoas que sonham em criar grandes negócios, com impacto relevante no mundo. Podemos dizer, talvez, que são novos tempos. Em que ser jogador de futebol, ter uma banda de sucesso, ou até mesmo ser um ator ou atriz, não são mais prioridades da juventude.
Aos meus olhos, isso é incrível no sentido do desenvolvimento do país e da sociedade como um todo; mas deve ser também um ponto de atenção e discussão no presente – para um futuro ainda melhor. Esses jovens, na grande maioria, querem ter sucesso, ser reconhecidos como prodígios e legitimados como profissionais que já conquistaram a excelência profissional - mesmo ainda não estando nem na metade das suas vidas. As redes sociais e diferentes mídias alimentam e potencializam isso diariamente, com questionamentos competitivos e a eterna estética da perfeição. Você já é um empresário de sucesso? Já conquistou seu primeiro milhão? Não? Então corra, porque está ficando para trás...
O resultado disso? A geração que mais cresce em burnout, ansiedade (a doença do século) e demais doenças crônicas resultantes da acelerada busca pelo sucesso e provas para uma sociedade injusta. Por que injusta? Porque não é a velocidade – ou precocidade – do enriquecimento a métrica justa que indica quem são as grandes pessoas. O aprendizado não é uma conta exata; você precisa confiar na sua jornada! São inúmeras pessoas de sucesso relevante – nos mais diversos âmbitos e mercados - que afirmam que “o mais importante é a jornada. Portanto, aproveitem”. Ou, que “trocaria toda minha segurança, sucesso e estabilidade, para começar do zero novamente”
Ir em busca de seus sonhos e vontades é uma bela maneira de viver e enxergar a vida. Um propósito louvável! Mas o mais importante é confiar na sua jornada, e ter a certeza que ela não precisa se rápida ou exemplar, seguindo um padrão específico. Ela precisa, portanto, ser sua. Individualmente sua! Curta, sofra, aprenda, erre, acerte. Mas siga o seu caminho e o seu coração, aprendendo – e vivendo! - diariamente com isso. O tempo é curto demais para o acelerarmos ainda mais. E vivemos um dogma tóxico em provar para os outros (por que não para nós mesmos?) o quão rápido e jovem nos tornamos ricos e bem-sucedidos. Não acelere, enfim, sua história para provar nada a ninguém. Siga o seu coração. E aproveite a jornada, porque parte dela é o fim...E se os melhores profissionais e pessoas do mundo dizem que sentem falta justamente dela, com você não será diferente.
E que, quando finalmente você conquistar os seus maiores sonhos, tenha a consciência que viveu cada momento como deveria. Porque chegar ao final mais rápido, não tornará sua vida melhor; pelo contrário. Que teremos um final, é inevitável. Então, que saibamos desfrutar o meio da forma mais leve e enriquecedora possível.
Apenas curta a sua jornada! Quem lhes escreve, por sinal, já sofreu muito com isso, e continua na busca insistente do equilíbrio e calma para entender o próprio percurso.
Obrigado pela leitura,
Renato Naya
Gerente de Expansão | Ticketing na Ingresse
4 aÓtimo texto !! Precisamos sempre aproveitar os degraus, enjoy the journey !!! Abs
Sócio no Ferreira Pires Advogados | Direito Imobiliário | Societário | Cível | Contratual. Especialista pela FGV/SP e INSPER.
4 aQue baita texto, Naya!! Parabéns, meu amigo!