Pausar e aprender

Pausar e aprender

Se os estudantes contam os minutos e segundos para o soar do alarme que dá início às férias escolares, para muitas famílias, a época pode trazer algumas perguntas e dificuldades. O que fazer com as crianças? Como entretê-las por tantos dias? Com quem os filhos vão ficar enquanto os pais estão no trabalho? Por conta dessas questões, que podem ser realmente desafiadoras, acaba-se deixando de lado a reflexão sobre a importância desse período.

A neurociência dedica-se a entender os processos de aprendizagem e uma das descobertas é que eles não ocorrem apenas durante o intervalo em que estamos realizando uma tarefa, mas também nas pausas que fazemos entre as atividades, ou seja, acontecem também fora da sala de aula e nas férias. Aprender com a pausa refere-se à ideia de que nosso cérebro continua a processar e a consolidar informações mesmo quando estamos descansando ou realizando outras ocupações não relacionadas ao aprendizado.

Isso quer dizer que os hiatos são uma forma eficaz de melhorar a aprendizagem e a memória de longo prazo, pois permitem que o cérebro processe e integre informações em redes neurais mais amplas, transferindo as informações da memória de curto prazo para a memória de longo prazo – é quando novos conhecimentos se acomodam e se solidificam. Além disso, as pausas também parecem estimular a criatividade e a inovação. 

Um estudo realizado por pesquisadores da Academia Norte-Americana de Pediatria (APP) destacou o impacto positivo das férias escolares na rotina de meninos e meninas. De acordo com eles, essa fase é de suma importância para propiciar o bom desenvolvimento cognitivo e para aprimorar o convívio social, além de potencializar habilidades e competências.

A investigação acompanhou de perto as rotinas de diversas escolas ao redor dos Estados Unidos e os pesquisadores constataram que o recesso ajuda a consolidar as informações aprendidas em sala de aula, aumentando a disposição para os próximos meses e facilitando a absorção de novos conteúdos. Em poucas palavras, no que se refere à transformação da informação em conhecimento, as férias servem para o passado (o que já foi aprendido) e para o futuro (o que ainda será ensinado).

Férias na Escola?

Mesmo assim, as perguntas lá do início do texto continuam. Diversos pais ou responsáveis recorrem à ajuda de familiares ou amigos, por exemplo. Mas e quando isso não é possível ou não pode acontecer por muitos dias seguidos? 

No Colégio Augusto Laranja, oferecemos, desde 2008, nos meses de janeiro e julho, o Programa Férias no CAL, que atende alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Neste ano, vamos receber também crianças que não estudam conosco.

A programação especial, desenvolvida por pedagogos, inclui atividades recreativas, esportivas, artísticas, culturais e de entretenimento, de modo que as crianças possam se sentir em férias, mesmo estando no Colégio. Para os pais, é um investimento na educação dos filhos em um ambiente em que confiam e onde as crianças se sentem seguras e engajadas. Confira a nossa programação nas nossas redes sociais!

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