Pequenas alegrias, humor surreal e maximalismo.

Pequenas alegrias, humor surreal e maximalismo.

Cansou de ver sempre as mesmas coisas nas redes sociais, né? Aqueles posts milimetricamente calculados, todos no mesmo molde... pois é, a gente também.

Mas, se a vida já vem com tantas regras, por que o digital precisa seguir a mesma linha? Cada vez mais marcas estão quebrando essa mesmice — e é sobre isso que falamos na Gampi Insights de hoje. Bora? 


#1 O que o maximalismo diz sobre a geração Z?

Cores vibrantes, texturas ousadas, misturas inesperadas de padrões e estilos. Assim como no auge dos anos 80, o maximalismo está no centro dos holofotes em 2024

Sabe por quê? Para a geração Z, que cresceu em um mundo dominado pelas redes sociais e cada vez mais saturado de informações, se destacar em meio ao barulho é tudo. E é aqui que essa estética cheia de vida entra. A regra é clara: quanto mais, melhor — e isso vale para moda, arte, design e, claro, consumo.

A gente precisa entender que crescer em meio a tensões políticas globais, incertezas econômicas e crises climáticas gera um grande impacto. Por isso, não é surpresa que a geração Z se dedique aos pequenos momentos de alegria do dia a dia como uma forma de resistência. 

A mudança é tão evidente que a WGSN chamou esse processo de glimmers, termo que descreve a busca pelas microalegrias da vida para redefinir o bem-estar, promover calma, construir resiliência e melhorar a saúde mental.

Ainda dentro desse tópico, outra tendência está ganhando força: a personalização caótica. A WGSN explica que hiperpersonalização dos produtos disparou entre os jovens da geração Z. E a previsão é de que essa onda continue crescendo, viu?

Isso tudo também se alinha a um descontentamento crescente com as microtendências, muito influenciadas pelo TikTok. Provavelmente você já foi impactado por movimentos como o #HopeCore, que incentiva as pessoas a encontrar alegria na autenticidade. Esses conteúdos dispararam este ano, justamente quando os consumidores tentam recuperar sua individualidade e escapar da bolha algorítmica do “perfeito”. Coincidência? Achamos que não… 

Fonte: CNN Brasil, 2024. 

Ok, mas o que as marcas devem fazer nessa nova realidade? Na era do maximalismo, aquelas que conseguirem criar produtos ou serviços que expressem a individualidade do consumidor estarão em vantagem. 

Aqui, o insight é sobre criar uma conexão de verdade. Com equilíbrio, a abordagem maximalista, personalizável e próxima é capaz de criar relações muito mais profundas — desde que seja feita de uma forma 100% genuína. 

O resultado? Um mercado mais vibrante, diversificado e autêntico.


#2 Quando o caos vira um sucesso. 

Se a era do maximalismo é sobre ser autêntico, o que será que acontece quando as empresas decidem sair da caixinha e apostar no inesperado? Bom, a marca americana de biscoitos Nutter Butter fez exatamente isso.  

A gente acabou de falar sobre esse assunto, mas vale reforçar: num mercado cheio de feeds certinhos e posts estrategicamente calculados, eles foram sagazes quando resolveram ousar. E sabe o que aconteceu? O caos controlado virou um sucesso de engajamento.

Tá, mas qual é o truque para esse fenômeno? Talvez seja a vibe do humor surreal que, desde o início de 2024, tomou conta das redes deles. Tem piada interna, personagens próprios e aquele toque de “que absurdo é esse?” — tudo com uma estratégia bem definida, é claro. Parece zoeira, mas nada ali é por acaso.

Eles foram fundo no nonsense e criaram uma conexão sincera com o público. Pode até ser meio confuso para quem vê um post solto, mas quem acompanha entende exatamente o que a marca quer transmitir: que a Nutter Butter entende o consumidor

Fonte: Nutter Butter, 2024.

Outras empresas como Duolingo e Pop Tarts também estão nessa. É a era das marcas que, perdoem nosso linguajar, “ligaram o f*da-se”. E é sério, viu? Na gringa, esse estilo é chamado de DGAF (sigla para “Don't Give A F*ck”) e representa um movimento em que elas assumem uma postura desinibida, sem medo de ser irreverentes. Rebelde? Pode até ser, mas reflete o clima atual.

Quando as marcas adotam essa mentalidade, elas ganham espaço no coração dos consumidores. Quem não curte um humorzinho ácido no meio daquele feed perfeito, né? 

No fim, essa autenticidade é o que faz a diferença. Agora, mais do que nunca, as pessoas querem marcas com voz própria, que falem a verdade e que não tenham medo de rir de si mesmas.

É daí que nasce a verdadeira conexão. 


#GampiDrops

Literatura, biscoitos, fandoms e a era low profile. Quer autenticidade de verdade? A seleção de drops da semana entrega! 

A geração Z não posta mais?

Fã brasileiro gasta R$ 200 por mês para alimentar relação com os ídolos.

Varejista italiano incentiva a leitura em embalagens de biscoitos.


 Hoje, falamos sobre marcas autênticas, conexões genuínas e muito mais. Fique ligado: na próxima semana, teremos novos insights para você. Até lá!

Leia a edição anterior: 

Se o futuro do marketing fosse uma conversa, quem estaria no comando?

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