Perfeição? Você não quer isso!

A pergunta é: o que ganhamos nessa eterna busca pela perfeição?

Conquistas? Sim, de fato algumas, porque o movimento naturalmente nos traz resultados.

Frustrações desnecessárias? Inúmeras, certamente.

E Vale a pena?

Em qual nível é viável tentar ser bom em tudo?

Eu tenho pensado muito nisso e te convido para essa reflexão, principalmente nesses tempos em que aparentemente a busca por nivelar as habilidades individuais é tão grande.

Já imaginou como seria se desde cedo fossemos incentivados a potencializar nossos talentos? Se pudéssemos dar muito mais foco naquilo que a gente faz bem e que nos faz feliz?

Dá para ser 10 de 10 em tudo?

Bom, tem um ou outro por aí que sim, até consegue se sair bem em muita coisa, mas isso não é comum.

E porque na vida pessoal, profissional ou em qualquer outra esfera, a gente até é parabenizado por um feito, porém, quando isso precede aquele famoso MASSSSS….

Esse mas, serve para te dizer que você faz algo bom, porém, em contrapartida, pode ou precisa melhorar em alguma outra coisa.

Jura?

Não dá pra vibrar pelo que temos de bom, sem ficarmos caçando, e às vezes se torna uma caça mesmo, para melhorarmos em algum aspecto?

Quando a gente pensa no mercado de trabalho, no desenvolvimento de pessoas, é de praxe que, nos momentos de feedback formais, apontamos fortalezas e oportunidades de desenvolvimento, e ok… o ruim é quando o ponto alto, o ponto mais explorado de um processo como esse se torna justamente a parte do que te falta (afinal sempre vai faltar né)… muitas vezes, o gestor nem tem o que falar sobre isso, mas fica caçando coisas para apontar, até com boa intenção, mas falo com toda propriedade (amparada pela minha experiência de anos como líder de times), que falar por falar, para apenas completar as formalidades, não ajuda muito o outro. Não contribui para aquele gás que pode ser injetado nesse momento, para a autoestima e consequentemente para o engajamento dele.

Importante que fique claro, que um líder deve guiar, mostrar o caminho e propor adequadamente formas em que o colaborador encontre crescimento e evolução.

Mais uma vez, trago aqui a reflexão sobre não perder a oportunidade de celebrar e enaltecer o que temos que melhor. 

É fato de que um bom time é multidisciplinar, que as pessoas se complementam, elas não podem ser todas iguais (com exceção de algumas áreas e mesmo assim tenho dúvidas), mas um bom time se completa. Então porque ficar pedindo para fulano focar em ser mais como ciclano e para o ciclano desenvolver a habilidade que fulano tem?

Qual a lógica disso? Ter todos iguais?

É aí em que fica a parte boa, olhe mais o que cada um faz de melhor, ou tem potencial e descobrirá (muito provavelmente) o que o faz feliz! Analise bem e saberá disso.

Já ouviu dizer que pessoas felizes entregam mais e melhor?

Significa que todos saem ganhando?

Sim, provavelmente!

E para você que está ouvindo isso, não deixe que te façam querer ser bom em tudo, você não será… apenas terá frustração e uma provável autoconfiança abalada.

Olhe mais para você, encontre o que você faz bem, confira se isso lhe faz feliz… e seja!!

Seja o melhor que você pode ser!