PERSE: A luta pela inclusão do setor cinematográfico no programa
O setor cinematográfico enfrentou desafios durante os últimos anos, com cinemas fechando suas portas e produções cinematográficas interrompidas. Assim, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), lançado em 2021, surgiu como uma esperança para a revitalização desse importante segmento cultural e econômico. O PERSE, inicialmente teria vigência de 60 meses, mas o Governo Federal, por parte do Ministério da Fazenda identificou que alguns dos setores abrangidos pelo programa já haviam se recuperado e decretou no final do ano passado uma medida provisória para extingui-lo.
O programa voltou a funcionar no mês passado sem a participação do setor cinematográfico entre os beneficiários. Setor esse, que ainda não alcançou os resultados pré-pandêmicos, que também foi agravado pela greve dos atores e roteiristas que aconteceu no ano passado. O novo texto passará por votação hoje, 23/04, em Brasília, onde os representantes do setor estão buscando a reintegração do cinema ao PERSE, reconhecendo sua contribuição para a cultura e entretenimento do país. No entanto, a mobilização dos exibidores de cinema, liderada pela Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex), destaca a importância de incluir o cinema nesse programa crucial.
Marcos Barros, presidente da Abraplex, ressaltou para o portal Tela Viva a importância do PERSE para a sobrevivência do setor cinematográfico brasileiro. Ele destacou que o cinema foi um dos primeiros setores a fechar e enfrentou desafios únicos, incluindo uma crise de produção devido à interrupção das filmagens. Sem o PERSE, a recuperação do setor será ainda mais difícil, colocando em risco a sobrevivência de empresas e empregos.
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O PERSE abrange um conjunto de cinco leis, oferecendo uma gama de benefícios. Isso inclui o refinanciamento de dívidas, créditos para a sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições flexíveis para adiamento e cancelamento de atividades. Essas medidas são essenciais para garantir a estabilidade financeira das empresas e para preservar empregos em todo o país, algo de que o setor de exibição poderia tirar proveito.
A inclusão do cinema no PERSE pode representar um passo significativo na reconstrução do setor de entretenimento brasileiro. A luta dos exibidores de cinema demonstra determinação da indústria cinematográfica em enfrentar os desafios impostos pela pandemia. Por isso, é importante os exibidores e parceiros do mercado pressionarem pela implementação eficaz do PERSE, assim, o cinema brasileiro estará bem posicionado para se recuperar e continuar a levar cultura, diversão e entretenimento para as pessoas em todo o país.