Pertencia a vilas feudais

Pertencia a vilas feudais

Devemos lembrar que, o trabalhador do feudo recebia o nome de servo, e que havia naquele, então, vários graus de servidão; os vilões eram aqueles servos mais próximos do senhor feudal, pelo qual recebiam maiores privilégios pessoais e econômicos e tinham menos deveres.

Devido a tal distanciamento dos outros servos, que faziam o trabalho mais duro do feudo, tanto nas terras do senhor feudal como nas arrendadas, os vilões perdiam simpatia, pelo que o próprio termo ganhou sentido pejorativo.[1]

Virou um personagem modelo, sendo usado para se referir a alguém que pratica atos indignos. No arquipélago da Madeira, o termo continua sendo para os pertencentes às classes sociais mais baixa e que habitam as zonas mais rurais.


Palavra vilão refere-se ao habitante de uma vila. Poderá ter origem na palavra latina "villanus", referindo-se a alguém ligado a uma villa.


A grande quinta ou plantação agrícola, no Império Romano significando, portanto, um camponês. Na Idade Média, o termo passou a equivaler a um nobre.[2] Significando nobre, o termo contrario ao vilão passou, a ser usado para se referir a alguém que pratica atos não nobres ou indignos, como o roubo, o homicídio ou a violação.


Os camponeses medievais eram os maiores alvos. Na Península Ibérica e Itálica, os vilões eram descendentes de antigos proprietários romanos.[3]

Idade Média


O vilão era um descendente de camponeses livres, e, assim, poderia deixar o feudo se o quisesse. Tal como os servos, os vilões deviam, aos senhores, o pagamento da talha e a corveia.[4]

No Portugal medieval, o termo "vilão" referia-se a um cidadão de uma cidadevila ou concelho, não pertencendo à nobreza. Os vilões com condições econômicas e sociais mais elevadas ascendiam a cavaleiros-vilões, sendo obrigados a possuir armas e cavalos, para combater como cavaleiros na hoste do Rei.[4]

Narratologia

Em narratologia e nos estudos de literatura e roteiro, um vilão é a encarnação do mal em relatos históricos e trabalhos de ficção. Cumprem o papel de antagonista ante o herói/protagonista.

Geralmente, é uma figura ardilosa, que utiliza suas habilidades com o intuito de prejudicar alguém ou conseguir algo que deseja de formas escusas. Muitas vezes com planos, que são aplicados ao longo da trama, prejudicando normalmente o protagonista, mas ao término, é de praxe que para ter um final aceitável aos olhos do público, o vilão tem seu plano arruinado de forma heroica pelo personagem principal


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