PIB supera em três vezes a expectativa do mercado e abre margem de aceleração para corte de juros

PIB supera em três vezes a expectativa do mercado e abre margem de aceleração para corte de juros

*Adriano da Silva Santos

A economia do Brasil cresceu mais do que o esperado pelo mercado no segundo trimestre, segundo os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais que traz o balanceamento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta sexta-feira (1) pelo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Produto Interno Bruto aumentou em 0,9% nos três meses até junho, superando as previsões de um crescimento trimestral de 0,3%, dada pela maioria dos analistas do mercado. Essa alta veio apoiado, em grande parte, pelo aumento da atividade na indústria e nos serviços. Na ponta da demanda, investimentos (0,1%), consumo das famílias (0,9%) e consumo do governo (0,7%) também tiveram desempenho positivo.

Ao todo, com a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, foram totalizados R$ 2,651 trilhões em valores correntes no trimestre encerrado em junho. Sendo assim, em dados gerais houve uma progressão de 3,7% no primeiro semestre do ano, com registro da atividade econômica do país operando em 7,4% acima do patamar pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, atingindo o ponto mais alto da série.

Por outro lado, a agropecuária, que tinha sido o destaque no trimestre anterior, teve um recuo de 0,9% na comparação com o período imediatamente anterior. O setor tinha registrado uma alta de mais de 20% de janeiro a março, na comparação trimestral, devido à sazonalidade da safra recorde de soja, cuja colheita se dá nos meses iniciais do ano.

Apesar do resultado ruim, para o economista chefe da Constância Investimentos, Alexandre Lohamnn, nem a queda do PIB agropecuário (-0,9%) foi suficiente para conter o dinamismo dos serviços (+0,6%) e da indústria (+0,9%) e aumenta a perspectiva positiva do mercado para os próximos trimestre.

Lohmann ainda destaca que o PIB cresceu 3,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior (2,7% esperado). “O resultado foi substancialmente acima das previsões contidas na pesquisa Focus e deve levar a uma revisão consistente para cima da mediana das expectativas na próxima semana", prevê o especialista.

Ele destaca também que o carry over (crescimento do PIB em 2023 se o T3 e T4 tiverem crescimento zero) está atualmente em 3,02%. “Como consequência desses fatores, espera-se que devam se fechar ainda mais o espaço para aceleração do ritmo de corte da taxa Selic", complementa.

Marco Aurélio Sousa

Soluções Estratégicas em Locação há 22 anos

1 a

Dificil acreditar nisto quando se tem um economista do PT de carteirinha como Marcio Porchmann no comando do IBGE. No IPEA que ele também dirigiu sua atuação foi desastrosa. Lá ele demitiu dois economistas renomados de carreira, Armando Castelar e Regis Bonelli, sob a alegação de que eles pensavam diferente dele. Na minha opinião ele fará como o INDEC (Argentina), que durante as gestões Kirchner, fez maquiar índices oficiais de inflação, crescimento e de pobreza. Não acredito neste sujeito e o conheço pessoalmente por conta de trabalhos que fiz na UNICAMP. Bom, ainda assim espero está errado, pois torço muito para este país dar certo. Só tá complicado.

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