PIX é uma ameaça para o faturamento dos bancos?

Quando surgiram as primeiras notícias sobre a chegada do PIX, grande parte da mídia alegava que os grandes bancos usariam seu poder para dificultar esta transformação, haja vista as perdas com tarifas que deixariam de ser cobradas.

Entretanto, estamos acompanhando inúmeras ações mercadológicas de todo o sistema bancário (desde players tradicionais a fintechs recém nascidas), promovendo e fomentando o novo meio de pagamentos instantâneos, criado pelo Banco Central, mesmo sendo uma grave ameaça à sobrevivência dos DOC e TEDs, e acarretando perdas referentes às tarifas bancárias. Segundo a agência americana de classificação de riscos Moody´s calcula que os bancos brasileiros terão um decréscimo de 8% do faturamento.

Esta aparente contradição tem uma explicação simples: vivemos a era do consumidor e os bancos estão preocupados em oferecer as melhores experiências de uso e comodidade para seus clientes. Conseguir que as pessoas cadastrem logo suas chaves PIX com eles vai proporcionar uma grande vantagem competitiva, pois aumentam as tendências de aumentar o volume de transações com esta instituição.

Os bancos que não se adaptarem às novas realidades e exigências do consumidor, terão sua participação mercadológica reduzida e seus fluxos financeiros abalados.

Apesar da importância deste processo de registro das chaves PIX e da estrutura necessária para tal, na última segunda feira (05/10/2020) os sistemas informatizados dos bancos Itaú, Bradesco e Santander, chegaram a ficar fora do ar no período da manhã. De acordo com o Banco Central, houve um elevado índice de cadastramentos, chegando a quase 200 mil usuários em cerca de duas horas e meia.

Então já podemos vislumbrar uma nova correria que se aproxima com a chegada do open banking, no final de novembro deste ano, e as ações necessárias para atrair e/ou fidelizar os clientes do sistema bancário.

Bom, isto já é assunto para outro texto. Aguardem!