Planejamento Estratégico alinhado a Cultura Organizacional

Ontem durante a aula adentrei no fascinante universo da cultura organizacional e do planejamento estratégico, mostrando aos alunos a profunda interconexão entre esses dois pilares na busca por resultados eficazes. A cultura, como um conjunto de comportamentos aceitos e encorajados dentro da organização, transcende a esfera do RH, tornando-se responsabilidade de cada indivíduo que compõe a empresa. É como se, em uma colmeia, cada abelha tivesse um papel fundamental na construção da estrutura social, assim como Yuval Harari descreve em "Sapiens: Uma Breve História da Humanidade": "A cooperação humana em larga escala é baseada em mitos compartilhados." A cultura organizacional é, em essência, um mito compartilhado que une e direciona os esforços de todos.

Para desvendar os mistérios da cultura, apresentei o modelo de oito arquétipos culturais de Groysberg: aprendizado, prazer, resultado, autoridade, segurança, ordem, acolhimento e propósito. Cada arquétipo, como um personagem em uma peça teatral, revela padrões de comportamento, valores e crenças que moldam a identidade da organização. Identificar o arquétipo predominante, ou a combinação deles, é como entender a personalidade da empresa, suas motivações e como ela se adapta às mudanças.

No palco do planejamento estratégico, a dança entre os recursos da empresa, os objetivos traçados e as constantes mudanças do mercado exigem movimentos precisos e adaptáveis. É como um jogo de xadrez, onde cada peça tem seu papel e a estratégia precisa ser constantemente revisada e ajustada. Simon Sinek, em "Comece pelo Porquê", nos lembra da importância de um propósito claro: "As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz." O planejamento estratégico, alinhado ao propósito, torna-se o mapa que guia a empresa em direção ao sucesso.

A área de TI, muitas vezes vista como um centro de custos, precisa ser transformada em um centro de lucro, integrada ao planejamento estratégico como uma peça fundamental. Ferramentas como a matriz SWOT e a matriz de Eisenhower, como bússolas e mapas, auxiliam na priorização de ações e na definição de estratégias claras. É como domar um cavalo selvagem, canalizando sua energia para alcançar um objetivo comum.

Observando a dinâmica dos grupos e a influência do conformismo social, lembrei-me dos experimentos de Solomon Asch. A pressão do grupo pode levar à adoção de comportamentos mesmo quando contrários às convicções individuais. Como líderes, devemos incentivar o pensamento crítico e a expressão individual, criando um ambiente seguro para a divergência e a inovação. Edgar Schein, em "Cultura Organizacional e Liderança", destaca a importância da liderança na construção de uma cultura forte: "A liderança é a chave para a criação e gestão da cultura."

A mudança, como um rio que segue seu curso, encontra resistência. É natural que as pessoas se apeguem ao familiar, ao status quo. Carolyn Taylor, em seu trabalho sobre a gestão da mudança, nos ensina a importância da comunicação transparente e da participação dos colaboradores nesse processo. É preciso criar pontes entre o presente e o futuro, mostrando os benefícios da mudança e acolhendo as preocupações.

Encorajo a todos a aplicarem esses conceitos em seus times, iniciando pela definição clara do propósito, como uma estrela guia que ilumina o caminho. Desdobrar esse propósito em ações práticas, mensuráveis e ajustáveis é como construir uma escada que leva aos objetivos. Lembrem-se: a liderança eficaz é aquela que inspira, motiva e guia a equipe em direção ao sucesso, cultivando uma cultura organizacional forte e adaptativa.

Vamos construir uma organização responsiva, estou por aqui sempre ...