Planos de Saúde: por que a transformação digital ainda não chegou ao setor?
O setor da saúde ainda não sofreu a influência digital que devia e, principalmente, que necessita para manter as contas em dia
Um dos grandes problemas que impulsionam a inflação da saúde suplementar no Brasil, além do uso incorreto do benefício, são as fraudes. As operadoras de saúde e os seus prestadores são vítimas constantes de ações desta natureza. Segundo um cálculo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cerca de 20% do faturamento de todas as operadoras de saúde no País tornam-se prejuízo, resultado das ações de consumidores mal intencionados.
Quando falamos dos prestadores de serviços, estes profissionais perdem cerca de 4% (dados do IESS) de seus faturamentos por glosas oriundas das fraudes. As empresas e os beneficiários também pagam as contas em virtude do aumento da anuidade do plano de saúde.
Para piorar o cenário, a taxa de sinistralidade dos planos de saúde se mantém muito acima da média aceitável. De acordo com a FenaSaúde, o número considerado ideal deve ser abaixo de 76% e, hoje, encontra-se na casa dos 85%.
As seguradoras e operadoras de saúde buscam inúmeras formas de conter os gastos que efetivamente inflacionam a saúde suplementar. Além da educação sobre o uso adequado do plano de saúde por parte dos prestadores e beneficiários, observar as fraudes de forma mais assertiva é um importante caminho a ser seguido.
Transformação digital: extinguindo as fraudes pela raiz
A tecnologia será uma importante aliada para blindar as operadoras e todo o mercado de saúde. As fraudes começam em uma simples impressão de carteirinha de beneficiário e vão até o uso de aplicativos desprotegidos. A Inteligência Artificial garante que as operadoras e os serviços de saúde reconheçam imediatamente os seus beneficiários e clientes.
A Biometria Facial já está apontando suas ferramentas para o mercado da saúde e, certamente, inibirá qualquer tentativa de fraude, permitindo que o beneficiário seja reconhecido e autenticado no momento da consulta ou exame, sem a necessidade de documentos ou carteirinhas, garantindo a segurança do prontuário médico e do respectivo histórico clínico.
Os “chatbots” (ferramentas de Inteligência Artificial) usam a construção do conhecimento e da informação para engajamento dos beneficiários, que podem satisfazer suas dúvidas, antes mesmo do que procurar um prestador de saúde. Por outro lado, quanto mais um beneficiário usa essa ferramenta, mais o plano de saúde refina o seu perfil, gerando uma gestão mais eficiente e controlada de uso e de custos, criando uma relação de confiança entre as partes.
Ferramentas de gestão para administração e redução de custos
As ferramentas digitais devem ser exaustivamente usadas na área da saúde. Elas geram uma triangulação harmoniosa entre os planos de saúde, os prestadores e os usuários, onde todos ganham com a eficiência e com a gestão de uso e custos que elas proporcionam. O Brasil está um passo atrás dessa transformação digital e precisa acelerar esse processo.
A nossa empresa de benefícios - Ô Benefits Solutions - oferece tecnologia aos seus clientes corporativos: um sistema de gestão inteligente e robusto capaz de garantir total controle de acesso ao plano de saúde e do gerenciamento dos índices ideais de sinistralidade, inibindo possíveis reajustes decorrentes do uso inadequado ou abusivo do benefício. Além do robusto Portal Ô Saúde, uma ferramenta web disponibilizada aos prestadores e usuários, que promove com muita interatividade, eficiência e segurança, diversos serviços: agenda; reconhecimento do beneficiário; gestão de consultas; e controle de faturamento.
A transformação digital deve atuar diretamente na implantação e gestão dos benefícios, promovendo um uso racional e efetivo do plano, preservando toda a cadeia de saúde.
José Carlos Macedo
Presidente da Forest Holding & CEO da Ô Insurance Group
Operações / Processos / Seguros / Sinistro / Atendimento Digital / Experiência do Cliente / Cobrança / Compras
7 aMuito bom texto! A transformação digital vai muito além do simples uso de uma tecnologia. É fundamental revisitar a jornada e os processos dos clientes, prestadores e demais envolvidos. Tecnologia boa em processos mal definidos gera frustração e insatisfação dos clientes, além de confusão nos controles.