Poema em homenagem a Pablo Neruda, um dos mais importantes nomes da poesia em língua espanhola no século 20.

Poema em homenagem a Pablo Neruda, um dos mais importantes nomes da poesia em língua espanhola no século 20.

Pablo Neruda


Ao Tcheco Jan Neruda... tinha admiração eloquente.

De... Neftalí Basoalto oficializou-se “Pablo Neruda”.

Suas poesias deram brilho ao nome emprestado, tornando-o mais reluzente.

Andes e Pacífico estreitavam espaço, a “Este” que já não tinha limite para seu passo.


Eram “Elas” as palavras que o elevavam a púlpitos bem talhados,

sem arestas em nenhum dos ângulos e lados.

Donde as proferiam com maestria dando vida a soneto e poesia.


Os versos vinham-lhes em sintonias perfeitas,

Soavam como ecos de acordes musicais a percorrer seu longo e estreito país.

Encravado entre duas explosões de beleza da natureza,

Escoltado pelas imponentes montanhas andinas presenteadas por entidades divinas.


Época outra, onde o grito de liberdade era de extrema necessidade.

Empunhou a “arma” mais relevante nesta sua caminhada itinerante.

A “ haste delineadora”... rabiscaram versos que se espalharam pelo universo,

arma florida que feria sem agressão física evitando opressão que deixa “Nação” ferida.


Assim foi o homem que aspirava letras e expirava frases.

Grito alto sem estridência, evidenciando sabedoria e prudência.

Olhos que fingiam não vê-lo e ouvidos que o ignoravam,

renderam-se ao perceberem que não só os compatriotas o amavam.


Porque o galardão maior caiu em seus braços contemplando sua arte,

Veio o “Nobel”... que com mãos firmes o segurou.

Ciente que sem empunhar artefatos belicosos o mundo o consagrou.

Abraão Leite Sampaio 



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