Pokémon conduz a tocha olímpica na Rio 2016

Pokémon conduz a tocha olímpica na Rio 2016

 A um dia do início da primeira Olimpíada a ser realizada na América do Sul, quem desembarca no Brasil, junto com os turistas, é um Pokémon. Um não, milhares - para felicidade da turma com o pé na “nerdice” que corre para as redes sociais para exibir seus primeiros troféus capturados. Para o meu querido professor Cristiano Santos, fui taxativa: “quero distância desses monstrengos”. Ele curtiu, educadamente. Como profissional de mídia digital que é, no fundo, ele sabe que não vou poder me distanciar tanto quanto eu queria.

Sou um ser humano do século passado, gosto de fazer coisas prosaicas como ler livros impressos, dormir (muuiitoooo) e encontrar amigos reais em ambientes reais. Sem chances de perder tempo com bichos de estimação virtuais. Tenho um gatinho de verdade em casa, além de plantas e flores na varanda para cuidar. Sem falar nos filhos... 

Porém, esse ser humano do século passado que vos fala é jornalista por profissão. E querendo ou não, gostando ou não, para exercer a minha profissão, hoje, no século 21, tenho que me aproximar do mundo dos nerds. Não, não vou poder fingir que os Pokémons não existem como fiz com os Tamagotchis. 

A tecnologia desenvolvida para esse novo jogo é inegavelmente fantástica. Se está transformando seres humanos em zumbis caçadores de vento, é outra história. As possibilidades são incríveis. Tanto que já está sendo usada pela bandidagem para atrair pessoas para lugares ermos. 

Em outra ponta, porém, o designer gráfico sírio Saif Tahhan criou o Syria Go. Alí, em vez de procurar por Pokémons, o jogador busca segurança, educação e suprimentos médicos, tudo o que um sírio não tem acesso por conta da eterna guerra em seu país. E com isso, chama atenção para a causa síria. 

É claro que as marcas, de todos os tipos de produtos, irão ocupar essa realidade aumentada. Mais cedo ou tarde. Provavelmente, bem cedo. E eu, a jornalista do século passado que trabalha no século 21 terei que dar conta de produzir conteúdo para ações que serão realizadas na tal realidade aumentada. Terei que saber como desenvolver estratégias de marketing levando em conta a realidade real e a aumentada. Ou seja, vou ter aprender como se captura um Pokémon. 

E pensar que ainda nem fiz um cursinho de Snapchat, o legítimo, não o genérico que o Instagran quer me empurrar. Mas isso é assunto para outro post. Na minha primeira lição sobre Pokémons - dada pelo filho adolescente - aprendi que esses “seres” evoluem. Seria uma indireta? Não me espantarei se um Eevee evoluído se meter na frente de Usain Bolt para tirar do jamaicano o título de mais veloz do mundo e se tornar o Pokémon mais admirado e cobiçado dos Jogos Olímpicos.

Hela Roberta

Content and Influencer Marketing Specialist | People Management

8 a

Adorei o artigo, Sônia. Vou ficar esperando o do troféu imprensa hahahaha beijos!

bel bonotto 🌻

Senior Social Media | Creator | Escrita Criativa | Redatora | Copywriter | Community Manager | Conteúdo | Foto IA

8 a

Adorei, Sonia! A gente está sempre em movimento e se adaptando.

Danielle Franca

Comunicação estratégica | Assessoria de imprensa | Estratégia Digital

8 a

Parabéns pelo artigo!

Rô Villa-Real

Jornalista expert em Personal Branding & Comunicação Estratégica. Transformo Empresas e Executivos em líderes autênticos, fortalecendo conexões e tornando narrativas impecáveis. Não é sorte, é estratégia e Branding🧠

8 a

Adorei o texto Sônia! Não conhecia Syria Go. Alí, vou procurar saber mais, achei superinteressante, ainda que eu acredite que nada neste momento irá realmente superar o pokémon go...

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