POLITIZAÇÃO X CIÊNCIA: Um conflito de estratégias que preocupa a população brasileira.

POLITIZAÇÃO X CIÊNCIA: Um conflito de estratégias que preocupa a população brasileira.

Recentemente temos visto um certo exagero de politização no país em várias frentes, entre elas saúde, segurança, educação, economia, mas gostaria de citar uma em especial – A CIÊNCIA. Isto mesmo, a tão comentada “ciência” que deveria nortear as ações dos governantes, líderes e entidades responsáveis por todo cunho científico envolto às ações sanitárias que conduzem a vida em sociedade. É inegável que temos um inimigo invisível desde o ano passado que de forma acelerada impactou e continua influenciando no modo de viver das pessoas, independente da sua localização no planeta. Todos, sem exceção, sofrem influência da pandemia, lógico em níveis diferentes, resguardadas as condições que cada um dispõe (seja de saúde ou econômica) para lidar com essa realidade. Aproveito aqui para reforçar que não temos apenas uma doença para cuidar, pois as demais continuam assolando nosso povo e os números são até maiores e mais letais que os da própria pandemia em si.

Posto isso, o objetivo aqui é trazer um questionamento sobre nossa realidade brasileira, onde o termo ativismo judicial vem ganhando novos capítulos a cada dia. É notório e descabido a constante insistência de partidos políticos em levar qualquer situação ao supremo federal com objetivo de tentar impor uma ideologia de pensamento ou crença forçada para a sociedade. O detalhe é que não vemos o mesmo apetite de justiça, quando o tema envolve pautas conservadoras por exemplo. Vivemos em um estado laico, onde deveriam prevalecer o respeito, harmonia e a ética como forma de cidadania. Não obstante, o que se percebe são pautas ideológicas, raciais que se disfarçam por trás de um discurso de justiça social para minorias, cujo efeito tem provocado é mais segregação da população, alimentando preconceitos e discursos de ódio, em vez de união, empatia e paz.

Retomando o termo da “ciência”, visando dar materialidade ao meu posicionamento, a questão é percebida de forma mais nítida, quando vemos que existe uma divisão entre a própria classe médica e científica, onde temos defensores de tratamento precoce, com ressalvas às vacinas, dispondo de estudos consistentes que validam sua defesa de tese. Da mesma forma que outros profissionais igualmente capacitados, defendem outras formas de tratamento, mas um não necessariamente exclui o outro, afinal ambos os lados têm estudos “científicos” que dão sustentação à sua defesa e isso deveria ser considerado positivo do ponto de vista profissional, enfim, todos eles representam a “ciência”, ou estou equivocado? No entanto, percebemos uma notória diferença entre os dois lados científicos quanto à liberdade de expressão ou espaço em mídia para divulgar seus estudos e orientações para o máximo de pessoas possível. Hoje em dia temos as redes sociais que atingem, mesmo que indiretamente, boa parte da sociedade e contribui para que a informação (digo a notícia pura e verdadeira) tenha fluência e não necessariamente influência.

Onde estaria o erro então, para grandes emissoras não permitirem o mesmo espaço de fala aos cientistas e médicos que estão na linha de frente de combate?

Teorias conspiratórias de que grandes investidores, governos ditadores e partidos ideológicos influenciam os meios de comunicação com objetivo de beneficiar lucro de laboratórios farmacêuticos além de dar mais poder aos mega bilionários, para comprar empresas quebradas pela crise econômica, podem até ter sua parcela de lógica, entretanto o meu objetivo aqui se limita à igualdade de voz, frente à sociedade, para garantir à todos o direito do contraponto, de forma saudável, sem censura, objetivando dar ao cidadão a mesma capacidade de informação suficiente para que este crie sua opinião,  ou seja, sua forma de pensar...

Por fim, gostaria de enfatizar que o objetivo aqui foi apenas expor algumas colocações que merecem atenção, independente de cunho político, racial, religioso ou ideológico. E que me perdoem os que discordarem do posicionamento, afinal vivemos em um país onde a opinião é livre, ou pelo menos deveria ser, conforme nossa CF... Estas são apenas algumas questões que merecem nosso diálogo, respeitando sempre a opinião e o espaço do outro, pois todos queremos um país melhor para se viver. Que tenhamos sabedoria para encarar um 2021 igualmente desafiador, munidos de muita fé e principalmente saúde!


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