A população grisalha quer entregar valor.  Mas de que valor estamos falando?

A população grisalha quer entregar valor. Mas de que valor estamos falando?

Toda classe marginalizada tem que se esforçar além da média para mostrar o seu valor. Isso é histórico. Com a população prateada não será diferente. É claro que o preconceito etário é algo inaceitável, mas enquanto estamos na luta para mudarmos este fato, temos também que lidar com o inimigo!

Como profissional de Recursos Humanos em ação até hoje, percebo que existe um ponto fundamental que deve ser avaliado e sinceramente colocado na mesa para reflexão. A questão da ACEITAÇÃO por parte de alguns profissionais grisalhos de que devem mudar suas atitudes diante do novo mercado de trabalho.

O mundo está em constante mudança. Não dá para o profissional querer atuar da mesma forma que antes. A gente pode ter muito conhecimento e experiência em processos em que tivemos longa trajetória gerenciando, mas precisamos de novas habilidades ou mesmo atitudes diante do novo mundo que se apresenta. Este mundo é completamente novo para nós e temos que aprender suas características até para podermos nos relacionar e nos comunicar com ele.

Para início de conversa, é um mundo baseado na imagem. Isso já torna tudo diferente. Temos que ter outra perspectiva para podermos nos fazer entender. Vejo que nem todos estão dispostos a fazer um esforço e sair da sua zona de conforto para aceitar um universo que talvez não faça tanto sentido para si.  É até compreensível, mas se queremos entrar no mercado de trabalho, temos que pensar duas vezes.

Afinal, como todos os profissionais de qualquer idade, temos que atender às expectativas dos nossos clientes sendo estes, nesse caso, as empresas-alvo nas quais queremos trabalhar.  E aí eu pergunto – o que elas percebem como valor? Vejam que a pergunta não é de que essas empresas precisam, mas o que elas querem, dentro do que acreditam ter valor.  Isso faz toda a diferença. Com toda mudança na sociedade, o objetivo ainda é o mesmo: maior produtividade, menos custo, e ganhar a competição do mercado.

Só há uma forma de atender nossos clientes com excelência: ouvindo ativamente o que eles querem. Então, já começa por aí: o profissional na maturidade também tem que fazer o trabalho de casa – estudar o cliente, entregar o que ele quer e, principalmente, oferecer o que ele não consegue com os concorrentes. Não dá para entregar o que, pela experiência, consideramos ser o melhor. É preciso conhecer os pontos fracos da empresa, avaliar como podemos ajudá-la de uma forma diferente da dos nossos concorrentes, blá, blá, blá...  Consequentemente, temos que ver onde nossos concorrentes estão deixando a desejar e fazer uma comunicação bem adequada para levar a nossa solução às empresas. Só que algumas vezes temos que nos desapegar do que nós percebemos como valor na entrega, para entregar o que nosso cliente percebe como valor. Isso faz toda a diferença e modifica por completo na nossa comunicação.

Então, caro companheiro da maturidade, só nos resta sair da zona de conforto e, MESMO QUE TENHAMOS QUE DAR ATENÇÃO AO QUE NÃO VALORIZAMOS, é preciso pesquisar, estudar e fazer a entrega que o cliente quer. É preciso mergulhar na tecnologia, no marketing digital, no mundo do trabalho inseguro, com projetos sem carteira assinada e aprender a melhor forma de se comunicar neste novo mundo também!!! A nossa atitude vai fazer toda a diferença para quebrar os paradigmas que existem sobre a população grisalha.  Se isso lhe deixa desanimado, lembre-se que, enquanto estivermos trabalhando para nós próprios, não seremos demitidos e chegaremos à segurança financeira, mas a uma segurança diferente daquela antiga que conhecíamos.

Só que também é verdade que alguns profissionais resistem!  Não se convencem de que precisam ter uma nova abordagem neste novo contexto. Assim não dá! Não encaixa! A César o que é de César! Você pode continuar estudando muito, fazendo pesquisas e aguardar uma vaga tradicional.... mas enquanto espera sentado, entrega o que o seu cliente quer: nem que seja aquele videozinho de dois segundos para postar no instagram ou o que quer que seja! Custa? Desapega! A aceitação é o primeiro passo. Como está a sua? 

 

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