Por que é tão difícil "fazer o marketing" da Delivery Much

Pra começo de conversa, vou nos apresentar, rapidamente, da maneira que eu mais gosto: somos um aplicativo de pedir comida que pode ser seu.

Eu explico.

A Delivery Much é um marketplace de pedir comida online. Fazemos a conexão entre restaurantes e clientes em mais de 160 cidades do Brasil. E chegamos a esse número pelo nosso modelo de expansão, através de franquias - por isso pode ser seu; e isso implica em muita coisa.

Nosso desafio, como o de toda a startup, é conquistar e reter usuários, entregando a eles a praticidade necessária para desfrutarem dos seus pedidos de comida sem que precisem falar com ninguém. Isso, por si só (quem é do universo de tecnologia e startups sabe) é uma batalha e tanto.

Não bastasse a complexidade de conversar com pessoas de regiões diferentes, dentro de um país multicultural como o Brasil, o nosso foco de negócio está direcionado ao interior - ou seja, não é simplesmente diferenciar o "você" do "tu".

Precisamos conhecer a fundo o lugar em que estamos nos inserindo - e nesse processo o franqueado que empreende conosco é essencial - entendendo todas as nuances daquela cidade que vão além de perfis sócio-demográficos (é claro).

Bom, além disso, temos mais duas camadas para atender: os nossos franqueados e os restaurantes, parceiros de importância imensurável do nosso negócio. E atender esses parceiros significa entender não só o comportamento de consumo de um determinado perfil de compra, mas também como e quais perfis têm mais fit com qual produto/restaurante, em qual dia.

Mas isso não é papel do franqueado?

Então... A relação, pra nós, é muito simples e prática: ganhamos dinheiro através desses empreendedores. Sendo assim, temos, sim, a opção de colocarmos a mão na massa. Ela é diretamente proporcional ao quanto nós nos comprometemos com o sucesso do franqueado - e a gente se compromete tanto que desenvolveu uma metodologia pra que ele alcance esse sucesso, que chamamos de Franchisee Success.

Para podermos atuar nesse nível de hiperlocalismo e fortalecimento de rede, o trabalho requer inteligência de mercado, proximidade e muita, mas muita, flexibilidade. Nunca é uma peça ou uma campanha. A estratégia nunca se resume a "criar uma campanha de conversões" ou em "vamos fazer TV". Não é simplesmente definir um tema, criar e "passar pra rede".

Nosso modelo requer uma atenção e um esforço redobrado. A notícia boa é que o hiperlocalismo nos traz muito resultado e, à medida que vamos crescendo, aprendendo mais sobre a nossa rede e evoluímos esse método de trabalhar, esses resultados vão aparecendo com mais volume e recorrência. O que quer dizer mais negócios para a rede toda, em todos os seus níveis.