Por que cientistas acham que vivemos na Matrix e o que isso tem a ver com os dias de hoje

Por que cientistas acham que vivemos na Matrix e o que isso tem a ver com os dias de hoje

Essa conversa passa por inteligência artificial, consciência humana, PhDs, supercomputadores e a briga petralhas x coxinhas

Clayton Melo

Convido vocês a um exercício absurdo, tão absurdo que posso convencê-los de que a vida que levamos – a que chamamos realidade – não passa de uma ilusão.

Isso é mais real (real?) do que parece. Tem a ver com inteligência artificial, consciência humana, PhDs e supercomputadores, como o Watson, da IBM.

A pergunta é: o mundo é real?

Tem certeza de que você e eu, sujeitos de carne e osso, existimos mesmo? Ou seríamos marionetes controladas por “programadores” de outras dimensões computacionais?

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Cientistas e Matrix

Por “real” quero dizer que o mundo não é uma fabricação da mente e que sua existência independe da percepção. Alucinações são exemplos de como nossa percepção da realidade pode ser distorcida. Exceto nesses casos, parece incontestável que existe algo, a ponto de que, se chutarmos um tijolo na rua, vamos sentir dor física. Até aqui tudo bem, não?

Cientista da Nasa acredita que habitamos uma Matrix 

A coisa começa a ficar divertida (ou assustadora) quando pensamos que existem cientistas que acreditam na possibilidade que de vivemos em uma simulação. Um doce para quem pensou em Matrix e seus universos computacionais paralelos.

Nasa e a consciência humana

Como nos mostra o físico Marcelo Gleiser, no livro “A Ilha do conhecimento” (Editora Record), a ideia de que podemos estar vivendo em uma simulação foi abordada num ensaio, de 2013, do filósofo Nick Bostrom.

O troço é complexo, bem complexo, por isso não vou detalhar a viagem conceitual dele. Basta dizer que a suposição de Bostrom é que, com poder suficiente de computação, a realidade pode ser simulada de forma a nos iludir totalmente.

Se quiser se aprofundar um pouco, veja o vídeo abaixo.

Quem também acredita que vivemos numa simulação é o cientista Richard Terrile, diretor do centro de computação evolutiva e design automatizado do centro tecnológico da Nasa. Para ele, que fez parte do projeto da sonda Voyager 2, responsável pela descobertas de várias luas de Saturno, Urano e Netuno, em 1986, a espécie humana vive em um tipo de universo mais super-realista do que o de jogos que permitem a exploração de personagens virtuais. 

Videogame

O jogo Sims, um dos mais populares do mundo, é uma boa comparação. Nele, o jogador simula a vida, controlando os personagens em seus afazeres do dia a dia.

Agora, imagine uma versão “high level” desse jogo, em sintonia com a hipótese levantada por Nick Bostrom e Terrile. A partir de um determinado nível de sofisticação, os personagens passam a acreditar que são reais.

Assim como no game Sims, nossa vida seria uma simulação

“Neste caso, até mesmo seu livre-arbítrio seria parte do programa, uma ilusão de liberdade que, de fato, não existe”, escreve Gleiser. “Esse jogo simularia nossa existência por completo, incluindo nossa autoconsciência. E não teríamos a menor ideia disso”.

Programador fanfarrão       

Esse cenário nos leva à seguinte questão, que envolve diferentes cientistas no mundo: qual a motivação?

O que levaria inteligências superiores a brincar de simulação com a gente? Levando-se em consideração o que vemos por aí, no país e no mundo, seria sadismo? No caso específico do Brasil, estaríamos nas mãos de algum programador fanfarrão, que quer ver o circo pegar fogo a todo custo?

Não sei, mas tenho medo desse escovador de bites de outras esferas.

Só sei que, depois dessas elucubrações científicas, acho ainda mais sem sentido a briga petralhas x coxinhas que toma conta das ruas e da internet.      

Tudo tem uma razão. Já vi muita coisa, muitas nem religião, nem ciência teve condições de responder. Busque a porta certa!

Ulisses Cassilha

Supervisor de Segurança do Trabalho

8 a

Assustador!

Daniel Silva

Executivo Industrial | Operações | Produção | Qualidade

8 a

Seriam todas estas conjecturas uma confluência da ciência e religião? Afinal de contas o conceito de Deus não se mistura ao conceito do Grande Programador? O ser humano tem a necessidade de achar que existe uma explicação para tudo e que o acaso não existe. Isto faz parte de nossa programação evolutiva, a busca por padrões reconhecíveis nos fez ser um predador de sucesso. Continuamos a buscar tais padrões não importa o nível de complexidade que se apresente. Pergunto então, qual é a diferença entre a simulação computacional e o mundo criado por um Deus todo poderoso?

Acho que o dia a dia cuida destas suposições malucas e ao meu ver simplesmente condiz com quem seria super protegido e não precisasse ter noção de como conseguir o que lhe interessa. Se existe este manipulador, seria impossível imaginar o que o levaria a tal grau de sadismo. A capacidade de um ser se constrói muito em consonância com aspirações saudáveis ou seriam espasmos sem continuidade.

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