Por que a comunicação empática contribui com os bons resultados das organizações?

Por que a comunicação empática contribui com os bons resultados das organizações?

Ao longo dos últimos anos, as empresas começaram a entender que a empatia é um elemento fundamental para o processo comunicacional dentro do ambiente corporativo. Quando você tira o foco de si e busca compreender melhor a perspectiva do outro, é possível estabelecer relações mais transparentes e assertivas, baseadas na confiança mútua, o que impacta diretamente os resultados das companhias.

Na verdade, a empatia deve ir além das fronteiras da comunicação e fazer parte da atitude do líder. Cabe ao gestor o papel de gerar conexões fortes com os colaboradores, para evitar ruídos em relação ao que está sendo falado e para garantir o engajamento do time. No final das contas, a comunicação empática está relacionada à construção de confiança, à geração de conexões e à clareza na transmissão das mensagens.

Esses são os três pilares da gestão de uma equipe de alta performance. Sem eles, as pessoas não se sentem livres para tomar as decisões que estão dentro do seu escopo de trabalho, tampouco conseguem trazer os resultados esperados. Os colaboradores precisam entender a importância do seu papel dentro da empresa. Dessa forma, conseguem dar o seu melhor e, consequentemente, a empresa evolui.

Atitudes que fazem a diferença

No contexto da comunicação empática, o grande diferencial é quando o líder consegue ser sincero com o time em relação aos seus valores e prioridades e deixa claro que o papel de cada colaborador é essencial para o sucesso da empresa. Essas atitudes são fundamentais para gerar engajamento e autonomia na tomada de decisões da equipe. Na verdade, o líder deve gerenciar o trabalho das pessoas, e não a forma como elas vão alcançar os resultados esperados. 

A confiança também é outro fator importante na comunicação empática dentro das organizações. Ela permite que os colaboradores se sintam confortáveis para esclarecer dúvidas com o gestor, que acaba assumindo um papel de agente norteador, como se fosse uma espécie de coaching do time. É importante apresentar para a equipe o mindset que ela precisa incorporar no dia a dia de trabalho para trazer as melhores soluções. 

Como líder, eu busquei reunir esses elementos para garantir uma gestão mais empática e humanizada. Inclusive, recentemente, por conta do meu processo de transição de carreira, tive o cuidado de proporcionar o espaço e a autonomia necessária ao time, antes de sair do Grupo Simões. O objetivo era permitir que todos fossem capazes de se posicionar e de lidar da melhor forma possível com os processos de mudanças pelos quais a empresa vem passando. 

Ninguém faz nada sozinho

Nas organizações onde trabalhei, sempre atuei sob o mantra de que ninguém faz nada sozinho e busquei disseminá-lo o máximo possível. Um líder precisa atuar empaticamente para se conectar e engajar as pessoas que fazem parte da equipe. No final das contas, as relações dependem de nós, das nossas atitudes e comportamentos. Por isso, durante um processo de contratação, muitas vezes é preferível priorizar as soft skills do candidato do que o conhecimento técnico, uma vez que este pode ser aprendido ao longo do tempo. 

A questão da importância dos nossos comportamentos e atitudes para estabelecer relações mais saudáveis e assertivas ficou muito clara quando eu entrei no Grupo Simões. Naquele momento, o maior desafio era reacender a paixão do time pelo nosso propósito e uni-los como times multifuncionais em prol de um mesmo objetivo, independente de suas áreas de atuação, seja marketing, logística, produção, suprimentos ou finanças. Como líder, o meu papel foi agregar todo mundo e mostrar que cada setor estava inter-relacionado e era relevante para o negócio e resultados da companhia. A abertura, o apoio e atuação das demais diretorias não só ajudou, mas acelerou esse processo.

O resultado dessa liderança empática foi a integração total do time, que passou a ver as relações humanas como elas deveriam ser e a enxergar as pessoas que estão por trás de cada função, e não apenas o que a função em si precisa entregar em termos de resultados. Além disso, a equipe entendeu que, para os projetos serem bem-sucedidos, eles precisam ter governança e processos bem definidos. 

Houve um engajamento tão forte nos times que o senso de propósito acabou trazendo resultados muito positivos para o Grupo Simões. Nos últimos dois anos, em meio ao cenário pandêmico, as lideranças fizeram com que suas equipes fossem mais produtivas, motivadas e interessadas e empregassem todos os esforços necessários para garantir o sucesso da companhia. Na verdade, os resultados conquistados foram feitos por pessoas, para pessoas e pelas pessoas, como disse nosso Diretor Geral.

É claro que muitas empresas podem não ter um sponsor com essas diretrizes, mas acredito que seja possível disseminar uma cultura de baixo para cima, porque as relações humanas independem da existência desse agente. A diferença é que no dia a dia o nível de esforço para fazer isso acontecer será maior. O time vai precisar ter mais resiliência, acreditar no seu propósito e ter pessoas aliadas ao seu redor que compartilhem os mesmos valores.

A atitude empática e o empoderamento

O meu maior legado é poder fazer a diferença na vida das pessoas e transmitir essa visão humana e empática, baseada na comunicação e na governança, para que ela seja cada vez mais disseminada no mundo corporativo. A atitude empática gera o empoderamento do outro, que se reconhece como peça importante para a empresa e toma para si a responsabilidade de fazer acontecer. 

Por isso, dividir as conquistas não só é importante como necessário para poder gerar ainda mais engajamento em projetos futuros e tornar as relações cada vez mais fortes. No final das contas, tudo se resume a uma frase: ninguém faz nada sozinho. Se você tem essa consciência e é capaz de transmiti-la para os outros, consegue gerar os elementos necessários para tornar o time coeso e forte. Dessa forma, garante o pertencimento, a confiança, o empoderamento e a certeza de que todos estão trilhando o mesmo caminho.

Larissa Hirdes

Desenvolvimento Humano | Soft Skils | Inclusão & Responsabilidade Social | Psicologia

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Coisa linda essa líder

Alessandra Volpon

Diretora Comercial | Marketing Brasil & Mercados Internacionais | Executiva de Negócios

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Uma grande verdade e uma reflexão de baita importância. Parabéns pela matéria, Bárbara Bravim!

Bárbara Bravim

Diretora de Trade Marketing na Refriango

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