Por que investir em inovação

Por que investir em inovação

MENSAGEM

A tecnologia passou por uma Revolução, empresas que eram líderes de mercado alguns anos atrás hoje estão fechando as portas. A forma de comprar e vender não é mais a mesma, tudo acontece on-line, tudo é digital, os celulares estão substituindo os vendedores, os aplicativos e sites atuais substituindo as lojas físicas, o atendimento ao cliente é automatizado. Tudo isso vem acontecendo diante de nossos olhos. A tecnologia vem sendo responsável por movimentar grande parte da economia mundial e todos os dias cada vez menos empresas dependem da sua mão-de-obra para sobreviverem. A economia mundial deu um salto, e para tentar acompanhar esse crescimento estrondoso tudo passou por um crescimento exponencial, tudo evoluiu. Nada no mundo é inerte, estamos em um constante aumento de velocidade, porém ainda muitas empresas continuam no seu modelo tradicional que não dá conta de acompanhar essa evolução atualmente. O Século XXI exige um modelo de negócio orientado para o novo mundo, o mundo de evolução, de novas ferramentas, novas tecnologias, e para nos adequarmos a esse novo mundo, precisamos transformar nossos modelos de negócios. 
A era digital surge como nova forma de entender como o mundo vem se organizando, a forma de revelar como o mundo realmente funciona de fato, uma imprevisibilidade sem tamanho, onde a transformação digital é sem a menor sombra de dúvidas um salto para o próximo nível de seu negócio. Uma mudança imprevisível com uma escala maior e muito mais ponderosa.


Bem, quando falamos sobre a situação atual do Brasil é quase impossível deixarmos de pensar nas palavras crise, corrupção, lava-jato, desemprego, TSE, STF, JBS, Odebrecht, reformas da previdência e trabalhista, entre vários outros termos.

Porém. o BRASIL deveria estar discutindo fortemente o assunto INOVAÇÃO, investir em INOVAÇÃO e, principalmente, INOVAÇÃO aberta.

É verdade que vivemos tempos de muitas incertezas. Em menos de dois anos, vivemos o impeachment de uma presidente da república que foi sucedida pelo seu vice e que agora também vem sendo fortemente contestado por uma parcela significativa da população após as últimas delações premiadas. Temos um congresso nacional cheio de investigados e citados na Operação Lava Jato que podem ser presos a qualquer momento e, ao mesmo tempo, esses mesmos congressistas debatem e tentam aprovar reformas que são fundamentais para o Brasil e que há muito tempo têm sido adiadas. Ainda que exista um consenso sobre a necessidade de se fazer as reformas, estamos bastante distantes de um consenso em relação a qual modelo seria o ideal e com qual velocidade o tema deve ser tratado. Além disso, todo esse cenário está envolvido numa espécie de rivalidade que surgiu durante a campanha para as eleições presidenciais de 2014 e que tem aproximado às discussões políticas das acaloradas discussões sobre futebol.

Do lado econômico, apesar do crescimento de 0,4% do PIB no primeiro semestre de 2018, é cedo para afirmar que saímos da grave recessão que afeta o país. Essa desconfiança quanto à recuperação da economia é justificada pelos demais dados que foram divulgados. O desemprego continua a aumentar e já ultrapassa os 14 milhões de pessoas.

Então, por que deveríamos falar de inovação com esse cenário?

Investir em inovação é frequentemente apontado como uma boa estratégia para sair da crise a frente dos seus concorrentes. E esse argumento faz sentido. Em períodos de crise é comum que as empresas sejam forçadas a abandonar projetos que não estejam ligados diretamente a seu core business ou que tenham uma expectativa de retorno menor ou de mais longo prazo. É o dilema entre manter o foco e controlar estritamente os custos e manter abertas, ao mesmo tempo, as opções de crescimento para o futuro.

A inovação aberta pode exercer um papel importante nessa solução. Ao romper fronteiras tradicionais da empresa, a inovação aberta deixa que ideias, propriedade intelectual e indivíduos fluam livremente de fora para dentro da organização e de dentro para fora. Podemos tratar esse tipo de inovação como inovação de BORDA também.

Quando a economia vai mal, momento em que vivemos atualmente no Brasil, a via oposta da inovação aberta, a inovação de dentro para fora, pode ser o caminho para a empresa se preparar para a melhora do cenário econômico sem prejudicar o controle dos seus custos, a chamada INOVAÇÃO DE BORDA. Essa modalidade de inovação está ligada a processos pelos quais uma empresa instala parte dos ativos ou projetos fora de sua estrutura, ou melhor ainda, INVISTA EM STARTUPS que fazem isso muito bem. A Harvard Business Review Brasil, em artigo publicado em seu site, identificou cinco medidas da inovação aberta que vão permitir que a empresa se concentre hoje em suas principais operações e mantenha as opções de crescimento no futuro. São elas:

  1. Vire cliente ou fornecedora de projetos que já foram internos

Se sua empresa está buscando um recurso importante, mas caro demais para desenvolver sozinha ou adquirir no mercado aberto, e outras empresas do setor ou de outras áreas querem o mesmo, trate de se aliar a essas e outras para financiar, desenvolver e lançar a novidade por meio de uma empresa independente e seja sua primeira cliente.

2. Deixe que outras desenvolvam suas iniciativas não estratégicas

Se sua empresa está fechando o foco no core business e detectou iniciativas adjacentes e complementares que consomem atenção, tempo e capital demais, mas que podem atrair interesse e investimentos externos trate de entregá-las a investidores que possam assumir o ônus de desenvolvê-las. O progresso da iniciativa será custeado por terceiros, mas sua empresa pode reter uma participação e usufruir de eventuais ganhos. Pode ate readquirir os melhores projetos.

3. Faca a propriedade intelectual dar mais frutos para a sua empresa e a terceiros

Se boa parte da propriedade intelectual da empresa está parada, sem produzir nenhum beneficio financeiro, e a empresa sabe que seu valor, para ela e outras, será corroído, salvo se continuamente desenvolvida, trate de deixar que parceiros externos se beneficiem de sua criação, deem continuidade a seu desenvolvimento e paguem a sua empresa pelo direito de uso. Muitas empresas recuperam de 10% a 20% do gasto anual com P&D dessa maneira.

4. Expanda seu ecossistema, mesmo quando não estiver crescendo

Se sua empresa for ativa na inovação e estiver sempre interagindo com clientes, colaboradores, especialistas do setor, associações setoriais e outros para identificar oportunidades futuras, trate de aproveitar seu ecossistema de potenciais parceiros de inovação. Seja como o olheiro no futebol, que sempre sabe quanto um time estará disposto a pagar por um determinado jogador.

Ao interagir com o ecossistema em tempos de crise, a empresa se torna uma parceira preferencial em oportunidades de inovação surgidas das diversas partes em torno de seu negócio e de sua cadeia de valor. Quando o mercado voltar a crescer, empresas que apostaram apenas no corte de gastos podem se ver lá no fim da fila.

5. Crie domínios abertos para reduzir custos e ampliar a produção

Se uma ideia interna tem altas chances de atrair o interesse de comunidades externas valiosas e de promover grandes saltos no setor, ou até mesmo mudá-lo radicalmente, trate de considerar o estabelecimento de domínios abertos para a troca de informações e ideias ou a oferta de instalações e serviços compartilhados.

Conclusão

Sabemos que liderar um processo de inovação aberta nas empresas não é simples, porque na maioria dos casos o Chamado Sistema Imunológico da empresa acaba por afastar esse tipo de inovação, porque ela atua em todos os sentidos de maneira inovadora, modelo lean, modelo exponencial o que não tem nada a ver mais com o modelo tradicional. Existem hoje inúmeras ferramentas que podem ajudar a inovar nesse modelo, as novas metodologias de administram mostram que esses novos modelos adotados por organizações exponenciais tem dado certo, exemplo disso são as plataformas das quais muitos de nós já utilizamos e se ainda não, em breve utilizaremos.

Diversas questões importantes precisam ser estudadas e uma estratégia precisa ser desenhada de maneira que os objetivos presentes e os futuros da companhia sejam alcançados. Mas sua empresa não precisa realizar todo esse processo sozinha. Utilizar a experiência de outras empresas para prospectar projetos inovadores e que atendam os pré-requisitos definidos pela sua empresa e encontrar parceiros estratégicos para desenhar essa abertura a inovação aberta podem potencializar os ganhos e reduzir os custos associados. A inovação aberta de dentro para fora vai deixar a organização mais ágil e com maior capacidade de reação na hora de enfrentar momentos difíceis. É um desafio, mas que vale a pena ser enfrentado!

Bem, como estudante de inovação e transformação digital, eu tenho um olhar totalmente repleto de oportunidades em nosso momento tanto no país como em nossas próprias empresas, portanto é sem a menor sombra de duvidas mais que na hora de repensar seu negócio, unir as pessoas da sua companhia, rever os conceitos, e para começo de tudo eu diria para utilizar essas duas perguntas para fazer uma fotografia da situação atual da empresa:

1 - Por que fazer este trabalho ?

2 - Por que a organização existe ?

As respostas a essas duas simples perguntas irão definir o próximo nível do seu negócio, se ele ainda irá existir em um futuro breve, ou se está na hora de pivotar seu negócio e se reinventar.

Encero este artigo reafirmando a mensagem do seu início.


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