Porque eram os homens que calculavam...
Dois mais dois são quatro. Mas também pode ser zero, e aí vai um, se você operar no conjunto certo.
A ordem dos fatores não altera o produto. A não ser que sejam matrizes, porque aí pode alterar sim.
A mais exata das ciências não é tão exata assim. E talvez seja também a mais humana delas. Fazer matemática é, essencialmente, uma atividade de pensar, de estruturar de forma lógica o pensamento para encontrar uma solução, um padrão, um número ou algo assim.
É sobre pensar em que conta fazer, muito mais do que fazer a conta. E tem algo mais humano - e talvez menos exato - do que querer controlar o pensamento?
“Navegar é preciso; viver não é preciso”, dizia o poeta. O sentido impreciso, incerto da vida, quase se confunde com a necessidade que temos de vivê-la, no famoso poema.
Fazer matemática é preciso, fazer conta não é preciso; digo eu mesmo. O sentido de necessidade, de humanidade latente é urgente, quase se confunde com a ilusão da precisão, nessa infame analogia.
Nas matemáticas que praticamos: do cotidiano às grandes descobertas científicas, pensamos, estimamos, interpretamos. Estabelecemos um ponto de vista, uma forma de olhar e de raciocinar. Impregnamos uma marca pessoal, por mais impessoal que possa parecer. Calculamos até mesmo a incerteza, que matemática tem valor e é determinada com “certeza”.
Cada um do seu jeito, à sua maneira, vamos fazendo matemática. E chegamos até ao nível de socializá-la, de torná-la comunitariamente aceita, de transformá-la em um corpo de conhecimentos robusto e plural.
Das pedras e ossos mais antigos, das medidas do Nilo, dos teoremas gregos, dos sistemas arábicos, babilônicos e maias de contagem, até os sistemas dinâmicos e as correções relativísticas, toda matemática que fazemos é um exercício de pensamento.
Fazemos isso porque somos humanos e, por isso, celebramos a humanidade das ciências!
06 de maio, Dia Nacional da Matemática!
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