Posse dos novos líderes
Tomou posse, no dia 1° de fevereiro desse ano, todos os senadores, deputados federais e os deputados estaduais de Minas Gerais. As posses ocorrem em uma primeira reunião preparatória, realizando-se depois a segunda reunião para eleição dos presidentes das Casas (Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa) para mandato de dois anos.
No Senado Federal, temos 81 senadores, mas somente 54 tomaram posse para o mandado de oito anos. Os demais foram eleitos em 2014. Essa foi a maior renovação da história! Em Minas, temos como representantes os senadores Carlos Viana (PHS) e Rodrigo Pacheco (DEM), além de Antônio Augusto Anastasia (PSDB) que continuará por mais quatro anos.
Na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais a alternância é diferente: todos os deputados possuem mandato de 4 anos.
Dos 513 deputados federais que tomaram posse, 270 foram reeleitos e 243 estão indo para o primeiro mandato, ou seja, uma renovação de 47,3%. Essa foi a maior renovação desde a redemocratização iniciada com o advento da Nova República.
Em Minas Gerais, temos 77 deputados estaduais, sendo que 31 iniciam o primeiro mandato.
Os parlamentares - senadores e deputados - terão inúmeros desafios para os próximos quatro anos, o que requer profissionalismo, articulação política, comunicação e liderança para solucioná-los.
Entre os desafios, podemos citar a reforma da previdência, tão necessária para reduzir as despesas da União e dos Estados; a destinação de mais recursos para as pesquisas acadêmicas, visando incentivar os pesquisadores brasileiros; a implementação de políticas de segurança; e o direcionamento de emendas com base em indicadores.
Peguemos um exemplo: o segmento populacional classificado como melhor idade está cada vez mais numeroso – e com mais disposição. A tendência é que o número de idosos sobreponha o de crianças e jovens em algumas décadas. De acordo com o IBGE, até 2060 teremos 25,5% de cidadãos com mais de 65 anos. Esse cenário influencia diretamente na saúde, previdência e no mercado de trabalho. Logo, vejamos que os debates que aguardam os novos legisladores são extremamente decisivos para a construção do país que queremos deixar para nossos filhos e netos.
Tom Jobim diz que o Brasil não é para principiantes, logo, esperamos que os representantes eleitos liderem pelo exemplo e promovam as mudanças que aguardamos – todos - há tanto tempo. Vale, ao finalizar, relembrar o antigo e bem atual recado do saudoso Dr. Ulisses Guimarães: “O povo nos convocou para realizarmos mudanças. Ou mudamos, ou seremos mudados”.