POVO, SUOR E LÁGRIMAS SEM FIM.
Se achavamos que 2015 seria ruim para nossa economia, economize seu lenço, pois o pior está por vir! Sem apoio do congresso para a volta da CPMF, o governo trabalha com outras formas para angariar recursos no montante de R$72 bilhões de reais para cobrir o rombo no orçamento do ano vindouro. O CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) vai incidir sobre os combustíveis, onde se pretende uma elevação desta contribuição para R$0,50 por litro de gasolina, ao invés dos R$0,10 previsto. Há ainda em tramitação os projetos de repatriação de dinheiro não declarado no exterior, a aprovação da nova desvinculação de receitas da União (DRU) e taxação com a legalização de jogos de azar e cassinos e a ventilação de novo REFIS. A olhos nus observa-se que o desespero bate a porta, porém sem resultados. Algumas das medidas são tardias, pois a repatriação basta o sonegador declarar o valor e pagar seu tributo que não terá o retorno. O CIDE irá mais uma vez elevar o custo dos produtos, pois o transporte irá encarecer. O REFIS é inócuo, pois todos não foram sequer 60% frutíferos tendo em vista o alto valor a ser pago nas parcelas. Buraco sem fim, medidas sérias não são realizadas. A reforma tributária passa léguas dos planos deste e de outros governos que tivemos. Comércio e Indústrias suportam o peso da carga tributária que não tem retorno efetivo por parte do governo, falo da educação, transporte, lazer e saúde, condições básicas para vivermos. Se um comerciante ou empresário não administra de forma correta seu comércio ou empresa, sofre as conseqüências da falência. Se um governo não administra de forma correta, sofre o contribuinte. A discrepância é gritante! Se há divergência política na condução do País, não cabe ao contribuinte arcar com a conta. Toda medida que for contra os princípios legais do direito serão combatidas pelos defensores do direito. Cabe ao leitor realizar o corte drástico de suas despesas, deixando apenas as necessárias para sua vivência. Órgãos de classe devem agir para cobrar medidas onde o governo possa dar o resultado esperado e não o paliativo apresentado. Permitir o Poder Judiciário agir sem restrições é caráter essencial para se ter o retorno dos valores desviados. Governar para o interesse de todos e não para o interesse próprio é o que se espera nos próximos pleitos eleitorais. Que venham novos “valores” nas próximas candidaturas. Erick Rodrigues Ferreira de Melo e Silva é proprietário da EFS Assessoria e Consultoria Empresarial.