Prática de exercícios ao ar livre pode melhorar seu humor e te ajudar a sair do sedentarismo
Oi, leitor querido, como está?
Vira e mexe me perguntam se eu não sinto vontade de voltar às quadras de vôlei indoor.
E olha, por mais que isso realmente mexa comigo, já que foram mais de 10 anos vivendo boa parte do tempo nesse ambiente, minha resposta é: não.
E se você está pensando que é porque eu tive alguma frustração ou algum problema que possa ter me marcado, se enganou.
Antes de te contar a justificativa para a minha negativa, vou te convidar para curtir a minha página nova no Facebook. Já viu lá? E o Instagram? Estou sempre por lá interagindo com todos.
A resposta é que eu não troco mais o espaço fechado e confinado de uma quadra pela liberdade de jogar na praia, ao ar livre.
Dá para imaginar as razões, não é?
Sentir o vento no corpo, respirar o ar puro, sentir o calor do sol, poder estar perto do mar ou das árvores, ouvir o canto dos pássaros...
Tem coisa melhor?
Pois é, e pesquisando sobre isso, descobri que até a ciência já constatou os benefícios dos exercícios ao ar livre. E talvez esteja aí a chave para você sair do sedentarismo.
Porque o que está ficando mais evidente é que escolher a rua para fazer exercícios potencializa os efeitos do mesmo. Então, você demora menos tempo para sentir os benefícios de mexer o corpo.
Um sucesso.
Pesquisas comprovam...
O fato é que eu já tinha certeza de que conciliar atividade física com o ambiente externo era uma beleza.
Mas quando sugeri esta pauta para a equipe da Jolivi , olha só o estudo que o Daniel Cunha me mandou para dizer: “Sim, Ana, manda bala.” Rs.
Segundo o que o Daniel me mostrou, em 2015, uma equipe de pesquisa daUniversidade de Stanford, aqui nos EUA, comparou os efeitos para o organismo de um passeio pelo parque com uma caminhada ao longo de uma autoestrada em Palo Alto (em que as suas chances de interação com o ambiente são poucas, já que o cenário é cinzento, você está dentro do carro e tudo mais).
Os resultados foram medidos por exames de imagem coletados por ressonâncias magnéticas funcionais a partir da atividade cerebral dos voluntários.
As pessoas que caminharam pelo parque registraram níveis menores de pensamentos obsessivos uma redução da atividade neural, o que na avaliação dos pesquisadores significou menos risco de desenvolver doenças mentais.
Uau, né?
Não para por aí
O estudo que o Daniel me mandou já tinha todo o argumento que eu precisava, mas ele ainda ampliou a minha munição em defesa da malhação ao ar livre.
Recebi dele um estudo publicado no jornal científico Scadinavian Journal of PublicHealth, que demonstrou que pessoas sofrendo de diferentes problemas físicos e mentais melhoraram com alguma forma de terapia envolvendo recursos da natureza.
Com toda esta bagagem científica, estou convencida em te fazer este convite, meu caro leitor, que tem medo, fobia a até uma certa preguiça (eu) de academia:
Vá malhar na esquina.
Sim, use o seu quarteirão, o parque ou a praça para os exercícios e eu te ajudo nessa.
Por isso, seguem os meus três toques de hoje.
1. Aproveite seu tempo na natureza e perca a noção do tempo
Começo meus três toques te contando mais um dos meus segredinhos.
Ainda não falei por aqui, mas eu sou claustrofóbica.
Tenho horror a ambientes muito fechados e, até por isso, ter escolhido migrar para o vôlei de praia foi uma decisão importantíssima na minha vida.
Além da alegria em poder praticar o esporte que eu amo, jogar na praia ainda envolve um prazer extra, que é estar perto do mar, pisando na areia, poder ver o pôr do sol.
O mais engraçado é que mesmo quando o sol não sai, ainda existe algo de especial em se exercitar ao ar livre que nem se compara com uma academia, por exemplo.
As minhas horas de academia são contadas. Eu vou, faço o que tenho que fazer, aquela rotina que foi planejada, e vou embora.
Mas tem um parque perto da minha casa que eu sempre vou, e aí a coisa é diferente.
Quando vou para lá, sempre dou uma estendida. Faço uma série de abdominais a mais, de flexão, dou uma corridinha mais longa.
A atividade é mais prazerosa e, por durar mais tempo, também gera um consumo de calorias maior.
Minha sugestão é essa: aproveite seu tempo na natureza e o considere como uma espécie de terapia.
Se for ao parque, encoste nas árvores, se apoie nelas para fazer o alongamento.
Depois do treino, tire o tênis e ande um pouco com o pé descalço na grama (faço muito muito isso).
Entre em contato com a energia da natureza, respire.
Isso tudo te ajuda a elevar seus níveis de serotonina e eu aconselho muitíssimo você a investir nesse tempinho pós-atividade.
Academia nenhuma vai te dar todos esses benefícios.
2. Prepare-se para estar lá fora
Bom, fazer exercícios ao ar livre também exige alguns cuidados especiais.
Para mim, é importante estar ligada na previsão do tempo, por exemplo.
Não que eu seja de açúcar e não possa correr na chuva – eu até costumo fazer isso e adoro. Mas preciso estar preparada antes de sair de casa.
Para sair na chuva ou no frio intenso, por exemplo, vale investir em uma blusa impermeável que te proteja contra o vento.
Já para os dias de sol, o protetor solar é indispensável, especialmente se você for ficar exposto por muito tempo à radiação.
Você já deve ter lido aqui na Jolivi sobre como o sol é fundamental para a produção de vitamina D, certo?
Portanto, aproveite os primeiros minutos 15 a 30 minutos em que estiver no solpara expor seu corpo sem o protetor solar (já que ele bloqueia praticamente toda a produção de vitamina D).
Braços e pernas expostos vão garantir a quantidade que você precisa. Já o rosto, que é uma área mais sensível, melhor proteger antes mesmo de sair de casa.
A recomendação alimentar é a mesma para quem faz exercícios em qualquer lugar. O caminho aqui é escolher alimentos mais leves como frutas, nozes, iogurte com granola.
Veja aqui as minhas opções de marmita para quando a malhação for no escritório.
Eu só deixaria de fora as proteínas mais complexas (carnes e ovos), para que aquele peso da digestão não atrapalhe o prazer de estar ali fora praticando atividade física.
Uma hidratação adequada também é fundamental. Se você sabe que vai fazer uma atividade ao ar livre, melhor começar a se hidratar no dia anterior.
E também é melhor evitar os horários de sol à pino, entre 12h e 14h, que é quando a gente se desgasta mais.
3. Deixe a música ser sua companheira
Ouvir música enquanto corro faz TODA a diferença no meu treino. Dá mais energia, foco e o tempo voa.
Acho uma boa dica investir em bons fones de ouvido e fazer uma playlist só para correr na praia e no parque.
A Jolivi até já mostrou que a música pode ser um ótimo jeito de proteger a saúde. E a gente fez uma bela homenagem sobre isso quando o David Bowie morreu.
Tenho minha playlist “pancada” para correr na academia, com música eletrônica, uma coisa mais urbana. E uma outra de correr ao ar livre, mais orgânica, como um trip hop, por exemplo.
Também é legal ter uma playlist mais tranquila que você curta depois da corrida, para sentar, relaxar, fazer um trabalho de respiração e se acalmar.
O mais importante de tudo é você achar prazer na sua atividade e estando ao ar livre, as chances de isso acontecer são muito grandes.
Gostou das dicas?
Vá correr na rua e depois me conta aqui no contato@jolivi.com.br o que achou.