Prêmios e Certificações: a importância para as empresas

No último mês de agosto tivemos celebrações especiais na Mills, além de comemorar os 71 anos da empresa recebemos uma série de reconhecimentos públicos dentre eles o de 15ª Melhor Empresa para se Trabalhar (Ranking RJ - GPTW), presença no inédito e pioneiro Índice de Diversidade de Gênero e Raça da B3, melhoramos no ranking do Índice TEVA e fechamos o mês como empresa do ano em nosso setor no renomado Prêmio Valor 1000.

Nos últimos anos, sobretudo com a centralidade da agenda ESG (Ambiental, Social e Governança), certificações e índices empresariais ganharam cada vez mais destaque e importância. ISO, FSC, ISE B3, GPTW, BCorp, são alguns exemplos de reconhecimento e credibilidade no universo corporativo. Em síntese, podem servir para chancelar certa confiabilidade às empresas, de forma a expor pontos positivos das companhias, por meio de rígidos e criteriosos processos de avaliação.

Alguns recentes escândalos em empresas repletas de selos, colocaram em xeque a credibilidade e relevância de muitas das certificações, porém também nos alerta para algumas questões igualmente pertinentes e essenciais. De um lado, mostra que selos, índices, certificações e rankings podem servir como um parâmetro para atestar legitimidade, transparência e credibilidade às empresas – mas não garantem total idoneidade. Por outro lado, expõe dúvidas e problemas sobre critérios para a chancelar e reconhecer certas companhias.

Sob qualquer prisma, o fato é que precisamos refletir sobre o assunto, especialmente em um mundo cada vez mais complexo, dinâmico, imprevisível e ambíguo. Além disso, claro, é fundamental cobrar transparência e legitimidade de órgãos de certificação. Mas principalmente das empresas que inscrevem cases e se submetem a estas publicações.

Aqui na Mills , ganhar selos e reconhecimentos sempre esteve distante dos nossos objetivos. Historicamente somos o que muitos chamam de “low profile”. É claro que gostamos e celebramos as premiações, mas entendemos que estes reconhecimentos são consequências de um trabalho consistente e bem desenvolvido pela companhia. O papel dos órgãos certificadores é validar estas ações de forma isenta e com parâmetros. Ao receber os reconhecimentos e compartilhar nossas boas práticas, queremos incentivar outras empresas a terem também iniciativas empresariais positivas, afinal somos lideres nos nossos setores de atuação. Ser low profile em excesso também não ajuda a incentivar outras boas práticas.

Na minha opinião tanto “Ser” como “Parecer Ser” são importantes, mas deve ter esta ordem.

Sabemos que ter selos e certificações não nos coloca no pedestal da perfeição, muito pelo contrário. Sabemos das nossas imperfeições, mas reconhecimentos nos incentivam e desafiam a percorrer caminhos ainda mais fortes e consistentes.

À frente da diretoria de Gente, Gestão e ESG da Mills , tenho muito orgulho de nossas certificações, mas para mim o que mais me anima na rotina diária é debater com os times os planos de melhorias e aprimoramento do nosso impacto positivo para todos, aquilo que ainda falta fazer.

Por mais que os reconhecimentos mostram a consistência de um longo caminho percorrido, seguiremos firmes para avançar ainda mais. Falta muito. Mas nossa direção é virtuosa e prazerosa.

Com todo respeito ao famoso imperador...para mim sua celebre frase está com os princípios invertidos e deveria ser ajustada para o mundo greenwashing de hoje “não basta parecer honesto, deve-se ser honesto”!