Precisamos acreditar novamente no pecado - Parte 1
Os tentáculos do pecado estão entrelaçados com a maioria de tudo aquilo que está errado no mundo, inclusive distúrbios de nascimento, doenças tropicais, acidentes no trânsito, poluição nos rios e mares, males sociais e terríveis organizações de traficantes. Ele está infiltrado na raiz das grandes misérias psicológicas como solidão, inquietação, estranhamento, ódio, ansiedade, depressão, vergonha e falta de sentido.
O pecado é causa e resultado da miséria humana. Aborrecimentos, arrependimentos, desesperos, infelicidades e misérias são caminhos bem conhecidos para todos nós. Mas nenhum desses problemas é tão central quanto o pecado. A razão é que o pecado distorce a personalidade, um elemento fundamental da nossa própria humanidade.
O pecado corrompe a capacidade humana para o bem no nível dos pensamentos, emoções, linguagem e ações. Estas áreas se tornam centros de ataque a outras áreas defeituosas ou negligenciadas. À luz desta análise, o que é notável não é a intensidade da ira e justiça de Deus contra o pecado, mas a magnitude de sua paciência, compaixão e bondade em poupar e resgatar pecadores.
O mal é demoníaco. O mal estrutural é um sistema, um padrão de opinião ou as atividades em uma organização em uma cultura, que dificulta ou se opõe ao avanço do reino de Deus neste mundo. Há estruturas malignas por trás da visão do mundo.
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O elemento chave da estrutura diabólica é seu caráter organizacional, sendo um modelo ou uma rede de oposição ao Reino. Tudo isso tem muito a ver com a profundidade do pecado. O pecado é portanto, o principal problema humano.
Desgraçadamente, muitos de nós perdemos esta percepção do pecado. É como se estivéssemos sem espelhos em casa, não percebendo quando a cara está suja, os olhos vermelhos e o cabelo desarrumado. É como sofrer de miopia: não podemos ver-nos claramente, nem a grande área periférica em torno da experiência imediata de Deus e da realidade sobrenatural.
Precisamos renovar o conhecimento desse arqui-inimigo que costumava evocar em nós medo, ódio, angústia, sofrimento, arrependimento e quebrantamento.
Por Rubens Muzio