Precisamos falar sobre alternativas para a saúde suplementar
Não é novidade que a saúde suplementar possui diversos desafios, como inflação alta, envelhecimento da população, aumento da sinistralidade, elevação dos custos com medicamentos e insumos, aprovação do rol exemplificativo e entre outros. No terceiro trimestre de 2022 o segmento de planos de saúde médico-hospitalares somou um prejuízo operacional na ordem de R$ 5,5 bilhões, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A série negativa vem acompanhada pelo alto índice de sinistralidade no período, cerca de 90%. Ou seja, na prática, as despesas das operadoras alcançaram 90% das suas receitas. A elevação da quantidade de cirurgias eletivas, consultas médicas e outros procedimentos represados durante a pandemia de COVID-19, além do aumento expressivo dos custos de medicamentos, insumos e tecnologias contribuíram com esse cenário.
Fora isso, o cenário se torna ainda mais preocupante com a aprovação do rol exemplificativo, sem que houvesse discussão entre as entidades diretamente envolvidas e sem considerar custos atuariais. E nesse cenário de escassez de recursos financeiros diante às incontáveis demandas e o cumprimento do direito à saúde no país, infelizmente, nos deparamos com as limitações orçamentárias, seja na saúde privada ou no Sistema Único de Saúde (SUS). Soma-se a isso outros fatores, como o mau uso do plano de saúde por parte de beneficiários, as fraudes e os abusos de prestadores de serviços.
Com isso, não quero trazer uma perspectiva negativa, mas mostrar o quão complexo é o cenário e o momento vivenciado pelas operadoras de planos de saúde e ratificar a importância e a urgência de estudos e propostas que busquem alternativas a fim de reequilibrar essa balança.
Recomendados pelo LinkedIn
São muitos os caminhos que precisamos trilhar para buscar um caminho diferente, como trazer o médico prescritor para dentro do processo de decisão a fim de mostrar a ele a magnitude de todo o processo para que prescreva sempre pautado na ética e nas boas práticas pelo bem e a sustentabilidade de toda o setor; dialogar com as principais entidades da saúde suplementar para que se encontrem caminhos de reorganização financeira, bem como alterações regulatórias e legislativas.
Afinal, a saúde do Brasil será eficaz e eficiente quando, de fato, a saúde suplementar e o Sistema Único de Saúde (SUS) forem entendidos e organizados como complementares e essenciais. Enquanto não há luz no horizonte, o setor privado e o público ainda tentam manter o equilíbrio nessa difícil e frágil corda bamba.
EMPRESARIO-AGROINDUSTRIAL-SETOR CANA DE AÇUÇAR
7 mRafa me liga, 014998157272
CEO | COO | CFO | Diretor Executivo | Diretor de Operações e CSC | Diretor Administrativo-Financeiro | Diretor Hospitalar | Consultoria | Assessoria | Gestão | Planejamento Estratégico l Fusões e Aquisições | M&A
1 aRafaela , boa noite, Sugiro uma real parceria com os Prestadores de Serviços onde todos possam ganhar, termos serviços de qualidade e melhores práticas de forma a mantermos um preço viável aos clientes que ao final pagam toda esta conta.