Precisamos reduzir a velocidade!

Esta semana, o ator Kayky Brito foi atropelado na orla da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O motorista não estava alcoolizado e, a princípio, estava trafegando na velocidade permitida para o local, 70 km/h. Este acidente levou o prefeito Eduardo Paes a levantar uma questão muito pertinente: nossos limites de velocidades deveriam ser mais baixos.

Quem me acompanha por aqui sabe que eu defendo isso há muito tempo. Várias cidades do mundo já adotaram a velocidade máxima de 50 km/h no perímetro urbano e de 30 km/h em vias locais. A redução dos limites de velocidades tem um efeito muito benéfico nas relações entre todos que compartilham o sistema de trânsito, principalmente os usuários mais vulneráveis (pedestres, ciclistas, pessoas com mobilidade reduzida, entre outros).

 Conforme se pode observar na figura a seguir, em atropelamentos acima de 30 km/h, as chances de um pedestre ou ciclista sobreviver se reduzem drasticamente à medida que as velocidades aumentam (linha na cor vermelha). Lembrando que para um veículo estar a 30 km/h no momento da colisão, ele não pode estar trafegando a velocidades muito altas, por isso as limitações mundiais em 50 km/h.

Além desta questão, penso que velocidades mais baixas são um exemplo de civilidade de uma sociedade, pois tornam o trânsito mais humanizado, facilitando soluções de mobilidade não motorizadas. Esta é uma demanda dos tempos atuais e não podemos deixar de participar deste debate. Tomara que este movimento nos leve à implantação do limite de 50 km/h em área urbana.