Presenteísmo: o corpo está presente, mas a mente não

Presenteísmo: o corpo está presente, mas a mente não

Calma gente, presenteísmo não é o contrário de absenteísmo, nem o ato de dar presentes. Essa expressão tão usual no meio corporativo significa estar presente fisicamente no posto de trabalho, mas a ausência mental do profissional é quase total. Quantas vezes você já se deparou com uma situação em um determinado dia onde você não sabe o motivo, mas o trabalho não rendeu e suas preocupações mostram-se muito maiores que a atividade que deveria ser cumprida.


Ou, então aquela reunião em que você entra mudo e sai calado, pois esta marcando apenas a presença física e está pensando em outros problemas ou outras soluções que nada tem a ver com aquele ambiente. Pois é, algumas causas desse tipo atitude podem ser resultantes do estresse, da desmotivação, da depressão, da ansiedade e talvez de problemas familiares.

Não vou nem me aprofundar daqueles profissionais que passam o expediente quase todo, navegando na internet, acessando as mídias sociais, desfocando-se de suas atividades normais. Hoje, isso se tornou muito comum de ser observado, infelizmente.

O conceito ao pé da letra de presenteísmo é: quando as pessoas vão para o trabalho, mas não contribuem inteiramente para a produtividade da organização naquele dia, porque, embora elas estejam lá de corpo presente, elas despendem uma enorme quantidade do tempo de trabalho abstraídas ou fazendo outras coisas que não o próprio trabalho.

Podemos identificar formas de trabalhar o presenteísmo - Nas pessoas

É importante que se entenda quando se está vivenciando esse problema. É necessário que a pessoa tenha maturidade para identificar que vivencia essas situações e está disposta a buscar minimizar os impactos. Uma das maneiras de reduzir o presenteísmo é realizar no início do dia um check-list das ações a serem realizadas e, no final do expediente, verificar a sua produtividade e ver se seu objetivo foi atingido.

Precisamos ter atitude e fazer a diferença na empresa, buscando sempre novos desafios e não nos limitarmos a cumprir apenas tarefas rotineiras, pois quem fica sempre na zona de conforto não tem resultados diferentes. É necessário ir para zona de expansão, buscando sempre novos conhecimentos e aplicando no dia a dia, sempre com metas desafiadoras, pois para quem não possui objetivos, qualquer lugar está bom. É fácil reclamar que as coisas não funcionam sem fazer nada de diferente, pois dessa maneira elas continuarão no mesmo lugar e tudo permanecerá da mesma forma.

Na empresa

A cultura da organização influencia o presenteísmo, pois o melhor resultado de uma boa cultura organizacional acontece quando os funcionários orgulham-se de trabalhar naquela organização (vestem a camisa da empresa). A área de Recursos Humanos é essencial para criar esse vínculo cultural, claro que com o apoio da alta gestão. As pessoas precisam se sentir empreendedoras e a empresa tem que estimular esse tipo de atitude em seus profissionais para garantir o crescimento contínuo.

Esse artigo é um exemplo de presenteísmo sistêmico, ou seja, já faz parte da cultura da pessoa ou da empresa e acontece, enquanto não se faz nada diferente.

Também existe o presenteísmo ocasional, que reflete em situações momentâneas no dia a dia, mas deixaremos esse assunto para outro momento, até a próxima!

Arquivos de Carlos Homfeldt/Leonardo Siqueira Borges

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Dr. Carlos Homfeldt

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos