As previsões da Wood Mackenzie para o petróleo em 2024.

As previsões da Wood Mackenzie para o petróleo em 2024.


Apresentando um provável aumento em 3% da produção global de petróleo e, consequentemente, da emissão de carbono, as previsões envolvem todo o cenário global de produção, desde as prestadoras de serviços e fornecedores de suprimento até as principais políticas públicas de aceleração. Confira:


1. O investimento em upstream se estabilizará

 

Os gastos globais em 2024 estão projetados para ultrapassar ligeiramente a marca de US$500 bilhões, refletindo um aumento de apenas 2% em comparação com os números de 2023. Esse crescimento é bastante inferior ao dos últimos 3 anos, que chegou a marca expressiva de 18%. 

 

De acordo com Ian Thom, Diretor de Pesquisa Upstream, “O investimento aumentará no Oriente Médio, mas cairá nos EUA”.

 

Em uma análise mais detalhada, a consultoria identificou 45 projetos que estão atualmente em estágio avançado de decisão de investimento. Esses empreendimentos demandarão um investimento total de US$ 170 bilhões para desenvolver aproximadamente 25,5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

 

“Cerca de 30 projetos prosseguirão em 2024. Muitos desses serão descobertas em águas profundas, com os 10 maiores projetos de petróleo em águas profundas exigindo US$52 bilhões de investimento para recursos recuperáveis de 5 bilhões de barris de petróleo”, completou Ian Thom.


2. A entrega dos projetos será um grande teste para a cadeia de suprimentos

 

De acordo com a consultoria, os fornecedores não conseguiram se equiparar ao recente aumento na atividade, enquanto os projetos se tornam mais complexos, impulsionados por uma crescente necessidade de eficiência e redução das emissões. Os maiores problemas a serem enfrentados são a inflação, os gargalos e as incertezas de preços.


3. Fusões e aquisições vão priorizar escala, desempenho de ativos e diversificação

 

Pelo visto, as Mega Majors realmente chegaram para ficar, se estabelecendo como um novo padrão de mercado. Depois das fusões da Exxon-Mobil com a Pioneer e da Chevron com a Hess, a expectativa é que o ritmo seja mantido para o ano de 2024. Esse movimento será impulsionado por vários fatores, incluindo a busca pela perfeição na eficiência operacional, financeira e, em alguns casos, desempenho positivo na diminuição de emissão de carbono na atmosfera.


4. Alguns ganhos de descarbonização serão revertidos em 2024

 

Um tópico polêmico e muito preocupante. A indústria de petróleo vai continuar reduzindo as emissões por barril, mas isso não deve ser suficiente para compensar o aumento absoluto de emissões causado pela alta da produção. Segundo os estudos da Wood Mackenzie, as emissões de escopo 1 e 2 no upstream em 2024 aumentarão em 12 milhões de toneladas de CO2 equivalente em relação a 2023.

 

De acordo com Adam Pollard, Analista Principal de Pesquisa de Emissões Upstream, “a intensidade das emissões continuará caindo através da redução de queima de gases, mais eletrificação, CCUS e projetos greenfield, o que ajudará a reduzir as emissões por barril, em pelo menos 2%”, o que ainda não deve ser o suficiente para diminuir as emissões como um todo.


5. Produção de petróleo dos EUA entrará em uma nova fase de crescimento

 

Depois de anos de crescimento extremamente acelerado, a região de Lower 48, que exclui os estados do Alaska e Havaí, deve apresentar uma alta de 180 mil barris por dia, equivalente a 2%.

 

No último ano, as previsões da Wood Mackenzie foram, em sua maioria, acertadas, com apenas algumas potencialidades causadas por conflitos inesperados, como os do Oriente Médio. Agora, para 2024, com os conflitos já estabelecidos e após um ano de muitas conquistas, a expectativa geral é de um cenário mais equilibrado, “nem tanto ao norte, nem tanto ao sul”. 

 

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