A primeira experiência: Um líder deve aproveitar melhor o perfil de seus liderados

Não existe funcionário ruim. Se a vaga preenchida é adequada para aquele funcionário ou não, são paradigmas que precisam ser confrontados. Precisamos aprender a lidar com a gestão de pessoas. Na maioria das vezes ficamos frustrados com quem trabalha ao nosso redor por não alcançarem os resultados que esperamos. Culpamos, de antemão, como falta de comprometimento. Mas você conhece seu liderado? E as competências técnicas e interpessoais dele? O papel de um gestor é descobrir talentos e colocá-los onde possam contribuir mais.

A natureza nos ensina diariamente: se você quer diamantes, explore as minas, se quer leite, ordenhe a vaca, quer café, plante um cafeeiro. Para cada necessidade, temos um produto e uma ação. Reconhecer um talento vai muito além de uma simples entrevista de emprego. O dia a dia vivenciado dentro e fora da organização merece atenção a cada minuto e não é fácil absorver o que nos é apresentado. Não existe uma receita de bolo em que todos seguem, para no final obter o mesmo sabor. Lidar com pessoas, é na maioria das vezes, uma condição muito desafiadora.

Como fanático torcedor Palmeirense que sou, me lembro de uma entrevista do técnico Cuca, que ao ser indagado porque insistia em um jogador, ele disse mais ou menos assim: “Meu papel é recuperar jogadores, não destruí-los.” Esta mensagem ficou gravada em minha cabeça, porque no fundo, pra mim, este pensamento define um líder.

A poucas semanas, conversava com um amigo, ex-professor o qual tenho grande respeito e admiração, Pedro Brigatto citou: “As organizações se esquecem que por trás das métricas, existem seres humanos que geram os resultados”. Não podemos nos esquecer que por trás dos profissionais, existem acima de tudo, seres humanos. Precisam trabalhar para sustentar suas famílias ou seus estudos. Não fazem o que gostam. Essa falta de paixão, compromete a capacidade dos indivíduos, ou seja, existe uma falha que antecede o aproveitamento das pessoas em suas atribuições.

Como líder, é necessário compreender e encontrar soluções para transformar as frustrações em contentamento, e para isso, não existe magia, bula ou manual. É uma questão de entendimento de cada um, as variáveis são inúmeras, e o que deu certo para alguém, provavelmente não surtirá efeito nenhum para outro. Essa incrível experiência que me foi atribuída a pouco tempo, tem me ensinado muito, e a provocação que fica é: como nos tornarmos melhores com o objetivo de ajudar o próximo? Liderar não se trata de recompensa financeira, mas o legado que você deixa para os próximos.

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