Primeiro você tem que parecer que é, para depois provar ser.

Primeiro você tem que parecer que é, para depois provar ser.

Aos olhos das pessoas primeiro temos que parecer que somos aquilo que se esperam de nós para depois certificarem que somos de fato aquilo que julgaram a nosso respeito. Assim ocorre quando estamos frente a um recrutador, nas relações diárias, nos encontros fortuitos, nos ambientes de trabalho.

Vou me atentar aos trajes que usamos no dia a dia para contar um fato engraçado ocorrido esse final de semana.

Adoro roupa velha, tanto o que se refere a culinária quanto as vestimentas surradas. São peças do vestuário que nos fazem sentir bem, aquela camisa desgastada, mas que parece ser uma segunda pele de tão confortável, um jeans surrado, o chinelo que pelo uso se adapta ao seu caminhar, enfim elas têm desde o conforto adquirido com o tempo até uma história sobre você.

Domingo passado fui a uma padaria logo cedo e como tenho a mania de fazer amizades com alguns moradores de rua encontrei um bem “chegado”. Comprei meu dejejum e outro para ele, sentei num meio fio e meio a prozas e estórias vem uma senhorinha simpática com uma sacolinha com pães de queijo e nos entrega com um carinho imensurável, completa com um “juízo hein” e nos oferece um amoroso “bom dia”. Caímos na gargalhada, o “brother” ainda debochou dizendo que eu precisava de roupas novas e fazer a barba pois estava parecendo um “mindingo”.

Me fez refletir sobre a aparência que temos aos olhos de nossos clientes e colaboradores. Será que aparentamos ser realmente o que somos? Minhas roupas velhas continuarão, mas deverão ser restritas ao ambiente de casa, realmente eu estava só o molambo.

As pessoas e as corporações acreditam primeiro no que veem, para depois se certificarem que o observado seja capaz. Alguns apresentam históricos surpreendentes mas precisam da primeira vista para se tornarem realmente aptos, outros se mostram com primazia mesmo não sendo tudo que diz, cultura da aparência. Precisamos sempre estar impecáveis com o que queremos mostrar a nosso respeito.

A Michele precisou ajeitar a gravata pois apesar de ser o Presidente dos Estados Unidos ele deveria aparecer como uma autoridade que representava.

Enfim, meus pais são de origem portuguesa, minha mãe era eximia cozinheira e no almoço de natal ela juntava as sobras do bacalhau da ceia e um dom de nos fazer tudo com muito amor e nos servia “Roupa Velha”.

Uma delícia.

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