Princípios do Marketing Digital para Empreendedores

Princípios do Marketing Digital para Empreendedores

Todas as ferramentas necessárias para potencializar os seus resultados.

Quando sua promoção ou propaganda não traz um rápido retorno, converter visitas em vendas é um desafio e sua gestão parece cada vez mais desafiadora, parece que precisa de um tempo para sentar e respirar fundo, não é mesmo?

Mas nada está perdido, ainda. Fique tranquilo, vamos ajudá-lo a aumentar o faturamento da sua empresa.

Lembrando que para todas as dicas, é válido contratar profissionais bem capacitados ou uma agência de publicidade e marketing digital, combinado?

A saída para o que mencionei acima? Marketing.

Segundo Jussara Sanches, Diretora de Marketing da Consulfarma, essa prática é uma ferramenta para o time de vendas. Isso significa que marketing se trata de um conjunto de ações para servir as vendas do seu negócio.

Através de estratégias bem alinhadas e a utilização de recursos diferenciados, o marketing pode ajudar o lucro subir, enquanto seus custos reduzem.

O futuro dessa prática? O meio digital.

Mas como saber para qual lado atirar?

Quando falamos de digital, imaginamos uma massa de usuários conectada à internet, encontrando conteúdos e anúncios diversos. Por um lado, esta definição não está errada, mas precisamos imaginar que nem todas as campanhas, posts, banners, sites, artigos, vídeos e imagens aparecem para todos os usuários do mundo de uma vez. Aí entra o que chamamos de “comunicação direcionada”: quando você define o seu público-alvo, quem quer atingir, e faz com que sua comunicação chegue apenas a ele.

Basicamente, o marketing digital é um conjunto de ações que podem envolver:

  • E-commerce 

Lojas online para possibilitar compras na web com diferentes formas de pagamento. É imprescindível que programadores profissionais desenvolvam o seu e-commerce, pois é da sua vitrine que estamos falando: tudo precisa ser muito bem pensado e, principalmente, testado após o desenvolvimento.

A interface está intuitiva? Isso significa se o usuário encontra facilmente o que procura em seu site. Uma área de busca, por exemplo, é aconselhável desde que não diferencie palavras com acentuação ou não, plural e singular, entre outros detalhes. Se o seu cliente procurar por “sapato”, por exemplo, e errar um dígito, é mais provável que ele imagine que sua loja online não dispõe de tal produto (afinal o resultado “não foi encontrado” será exibido) do que revisar o que escreveu. Isso significa que o usuário desiste da compra e procura pela página do seu concorrente. Imagine quantas conversões seriam perdidas?

Quando receber o seu e-commerce, antes de levá-lo ao ar, teste-o como um usuário, como público leigo. Se possível, entregue nas mãos de alguém que desconheça o projeto para testá-lo. Você ficaria surpresa com a quantidade de detalhes que precisam ser pensados, principalmente do ponto de vista legal – outro motivo para selecionar a melhor agência para o desenvolvimento de sua loja online, que entenda do seu negócio e esteja atenta a todos os pré-requisitos jurídicos.


O site é responsivo (adaptável a telas de smarphones e tablets)? Funciona tanto para sistemas IOS (produtos Apple) como Windows ou Android (Samsung, Motorola, entre outras marcas)? O seu público-alvo utiliza todos estes sistemas operacionais? Caso positivo, atente-se a testar o e-commerce nos dispositivos de diferentes marcas. Não adianta investir tempo e dinheiro em um e-commerce se ele não abrirá na tela de seus clientes, não é mesmo?

Há uma região de SAC (atendimento ao consumidor) de fácil acesso? Seu CNPJ e razão social estão exibidos no rodapé do site junto a informações básicas de contato? Onde você exibe as formas de pagamento (boleto, PagSeguro®, cartões aceitos)?

Cada detalhe conta e dá credibilidade à sua marca.

Dependendo da empresa que contratar, o orçamento de um e-commerce será diferente. Varia muito da qualidade do serviço, anos de experiência no mercado e quantas pessoas trabalharão no seu projeto para atender o tamanho de sua demanda. Mas primeiramente o que você precisa avaliar é: esta empresa sabe o que está fazendo? A agência que contratou fala a língua do seu mercado? Afinal, o seu setor, mesmo se abrangente, certamente tem peculiaridades e cuidados especiais. Precisamos sempre zelar pela compreensão do seu público-alvo de sua empresa, a segurança de seus clientes e a sua satisfação como empresário. Não adianta você receber um e-commerce visualmente atrativo se está inadequado.


  • Identidade institucional 

Qual é a cara do seu negócio?

O logotipo foi criado por designers profissionais? Há um significado em cada cor, as formas conversam com algum propósito da publicidade?

Quais são os valores de sua empresa? Você divulga isso ao público?

Simon Sinek (escritor, palestrante motivacional e consultor de marketing), em uma palestra para a TED “Como Grandes Líderes Inspiram Ação”, apresentou aos empresários da plateia sua teoria sobre como potenciais empresas se tornaram gigantes. Ele mencionou a Apple como exemplo.

Segundo Sinek, há um círculo de raciocínio a ser seguido pelas empresas quando comunicam suas virtudes. Não vou conseguir exibir a imagem ilustrativa aqui, pelo Linkedin, mas imagine três círculos, um dentro do outro, sendo:

  • "Porque" o círculo do meio;
  • "Como" o círculo que o envolve, como se o engolisse;
  • "O quê" o maior círculo, que abraça os outros dois juntos, embutidos.

A teoria é de que a maioria das empresas pensa de fora para dentro: o que ofereciam (sua promessa), como ofereceriam e a justificativa.

A Apple seria uma das organizações que decidiu se comunicar de dentro para fora: porquê, como e o quê. Isso fez com que ela propagasse imediatamente o conceito de sua marca e pudesse vender para aqueles que se identificassem com ela. Hoje, seu público-alvo é bem direcionado. 

E você? É memorável para seus clientes hoje?

Você faz parte do share of mind do consumidor? (a marca que é facilmente lembrada entre as do seu setor, se não top of mind – a primeira na lista de lembranças).


  • Redes sociais

Certa vez, precisei do atendimento de uma farmácia de manipulação. Como nenhuma superou minhas expectativas anteriormente – portanto, eu não era fiel a nenhuma marca dentro deste mercado -, procurei uma por conveniência, a mais próxima do meu trabalho. Encontrei aquela que parecia perfeita para mim, mas como não queria ir até lá para pedir a formulação, decidi ligar.

O número no Google Maps estava desatualizado, no Facebook também e até mesmo na placa da fachada do ponto de venda na imagem de satélite do próprio Google. Todos os telefones que dispuseram simplesmente não existiam.

Fui até lá para descobrir se tinham todos os componentes para a minha fórmula, ou me desloquei para pedir a formulação?

Não. Eu procurei pela concorrente cujo telefone da empresa estava atualizado no Google, que simpaticamente me passou número de Whatsapp e por lá me atendeu. Sim, a concorrente era muito mais distante, mas facilitou a minha vida. Eu só queria encomendar uma formulação, sem que precisasse ir até o local para descobrir que podiam atender a demanda ou não.

Ou pior: se é que ainda existiam, rs.

E você? Está facilitando a compra dos seus clientes estando fora das redes sociais? (leia mais aqui)

É fato que uma empresa presente nas redes sociais tem muito mais credibilidade. Sua exposição passa confiança – Mesmo sujeita a críticas, que estariam abertas a todos que acessassem a página, lá está ela, sem ter o que esconder. E, consequentemente, facilitando para que outros potenciais clientes a conheçam também.

Tenha, pelo menos, uma página no Facebook e cadastro no Google Maps, sempre com telefones para contato, e-mail, endereço e datas/horário de atendimento atualizados. Se você identificar que o seu perfil de consumidor utiliza mais o Instagram, por exemplo, é lá onde você deve estar também.

Para o Facebook, faça um cronograma de postagens de qualidade, porém não exagere. Faça pelo menos 1 post por semana, no máximo 3. Outra sugestão é intercalar vídeos promocionais. Posicione seus produtos não como propaganda, e sim soluções para o cliente. Por exemplo: ao invés de “compre um creme”, que tal “Quer aumentar o poder feminino para atrair oportunidades?” ou “Combate à pele seca em menos de 2 meses”? Já pensou o quanto imagens e textos atrativos, junto de gatilhos mentais, podem impactar o seu cliente? Faça um planejamento cuidadoso, porém com muita força de vontade.

Fique atento às regras do Facebook! Nem tudo pode ser publicado e impulsionado (patrocinado com quantias financeiras, ou investido em campanhas na rede social). 

Para o Instagram, que tal investir naquele papo de “institucional” que falamos anteriormente? Você tem orgulho de sua empresa e quer que o cliente se identifique com ela? Mostre que o cuidado dos clientes é gerido por seres humanos em sua marca. Poste fotos de sua estrutura, dos seus funcionários, use a linha estratégica de comunicação testemunhal: quando se publica fotos dos consumidores de sua loja com um breve depoimento, ou simplesmente se mostrando felizes por sair da sua loja com mais uma compra concluída.

Você também pode seguir a linha estratégica de comunicação humorística ou informativa no seu texto publicitário.

Quer saber mais sobre coerência editorial, o conteúdo que publica? Leia mais aqui


  • Imagens profissionais

Embora fotos de smartphone sejam aparentemente muito bonitas, elas não vão servir para a sua publicidade. Com exceção de quanto se tem um posicionamento institucional ou testemunhal (com fotos amadoras, porém tiradas em algum momento espontâneo), utilize imagens de câmeras profissionais.

Uma imagem é construída de pixels, pequenos quadradinhos coloridos que formam um conjunto de cores na tela, formando a imagem como um todo. As câmeras de smartphone não possuem estrutura para tantos pixels, então se utilizamos uma imagem para um material impresso ou mesmo peças gráficas de maior dimensão para publicar em redes sociais, a imagem pode sair estourada.

A dica, quando quiser publicações profissionais, é aproveitar bancos de imagens na internet. Gratuitos ou não, você terá autorização para utilizar os direitos autorais das imagens que baixar, e ainda terá a qualidade da fotografia.


  • E-mail marketing

“Ah, spam?”

Não.

Diferente do que muitos acreditam, o e-mail marketing pode ser muito assertivo para sua empresa.

Você provavelmente recebe muitos que deleta sem visualizar. Mas isso acontece porque eles não te chamam atenção, não é mesmo? Ou você simplesmente passou a receber e-mails de uma empresa desconhecida.

Isso pode ter acontecido porque a organização tomou uma decisão terrível: a de comprar mailing. Nunca faça isso! Capture o contato de todos os clientes que atender, sim, mas não suje a sua lista comprando contatos aleatórios. Você estará direcionando a sua comunicação a quem não se interessa e que, consequentemente, vai bloquear o seu endereço de e-mail. Se isso acontece em um volume considerável, todas as caixas de e-mail entendem que você é spam, e passam a direcionar suas mensagens automaticamente para o lixo eletrônico. Ou seja, mesmo sua entrega para os clientes potenciais será prejudicada. Se for para enviar e-mail marketing, faça isso com uma lista atualizada de quem de fato compra de você, combinado? ;)

Essa ação também pode ser usada para fazer remarketing. É por isso que quando visitamos e-commerces, por exemplo, podemos visualizar banners do site ou dos produtos os quais pesquisamos há pouco. Com o seu negócio, não é diferente: você identifica quem visitou o seu site, até mesmo quem comprou de você, e tenta atrai-la.

Utilize o e-mail marketing com uma frequência razoável: ninguém gosta de mensagens diárias. Uma ideia é enviar quinzenalmente. Pense que você não é o único enviando mensagens.

E não se esqueça: gatilhos mentais. Se seu título do e-mail por atrativo, o cliente se sentirá tentado abrir o resto da mensagem, o que significa que terá sucesso no impacto. Palavras como “gratuito”, “grátis”, “compra”, “promoção”, entre outras no título do e-mail podem favorecer que sua mensagem seja automaticamente direcionada ao lixo eletrônico, principalmente se o cliente tem o costume de bloquear propagandas por e-mail.


  • SEO

SEO significa Search Engine Optimization (Otimização para mecanismos de busca). Trata-se de uma facilidade no Google que ajuda a página web a destacar entre os primeiros resultados de busca o seu website ou rede social.

É verdade que se pode contratar o famoso Google Adwords e pagar por links patrocinados ou banners de remarketing, pop-ups (neste caso, estamos falando novamente sobre estratégias de remarketing, lembra?). Neste caso, se quiser ser encontrado por palavras genéricas (mais comuns, como “cabelo”, “saúde animal”) custará mais caro, pois a maioria dos usuários se identifica com as mesmas. Já termos mais específicos, como “Pigmentação capilar” podem custar menos, pois menos pessoas aproveitam estas palavras para realizar pesquisas.

Mas você pode ser facilmente encontrado de forma orgânica. Para isso, o primeiro passo é ter o seu próprio website, ou e-commerce.

Certifique-se que o programador inseriu campos de palavra-chave na administração do site (o “CMS”), onde você deve escrever todas as palavras que estiverem relacionadas à página em que está editando. É aconselhável neste caso explorar o mesmo termo no singular e plural (por exemplo: mulher, mulheres), mas não usar a mesma palavra em mais de um termo (por exemplo: saúde feminina, saúde da mulher). Veja que neste segundo caso se mencionou “saúde” duas vezes, o que pode prejudicar a sua intenção com o S.E.O, pois o Google entende que se trata de conteúdo repetido. Ou seja, coloque: "saúde feminina, da mulher", e problema resolvido.

É por isso que você não deve simplesmente copiar o texto de outro blog e colocar no seu, por exemplo. Lembrete: conteúdo repetido é inimigo do S.E.O ;-)


  • Web Analytics

Tão básico quanto ter pelo menos uma rede social é ter um site ou e-commerce. E então? Você deixa o link disponível para acesso e nada mais?

Ferramentas de análises web (por exemplo: Google Analytics, a mais famosa, que avalia campanhas que você faz pelo próprio Google Adwords). Avaliam como o seu endereço online está se saindo. Mostra os resultados do desempenho de seu site através de gráficos e tabelas, analisando sua quantidade de visitas, taxa de conversão e até o perfil de seu usuário – por exemplo, de qual dispositivo acessam? Qual o perfil de usuário do seu site?

Utilizando estas ferramentas de análise, você consegue definir suas próximas estratégias. O que está fazendo dá certo? Com qual tipo de pessoa deve se comunicar? Para qual tipo de smartphone sua interface (aparência da tela) deve ser melhor visualizada? Em quais regiões da cidade ou estado deve investir sua comunicação?


Amigo, eu espero que você tenha aproveitado todas as dicas, e que de alguma forma ajude você na tomada de decisão em sua empresa.

Não precisa aplicar tudo de uma vez, mas vá aos poucos, e eu garanto que utilizando uma comunicação integrada, completa, a sua empresa terá resultados com melhor performance em relação à concorrência.

Ah, e não se esqueça... Uma agência especializada ou profissional freelancer pode fazer tudo isso por você ;-)


Gabriela M F Rodrigues


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