Problema na média gerência é incompetência que vem do topo
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A colunista Betania Tanure escreve sobre a importância de a alta liderança agir diante dos gargalos do organograma corporativo
Quantas vezes e em quantas organizações ouvimos comentários como:
“E essa média gerência? É resistente a mudanças, não funciona, está espremida no meio do ‘sanduíche’ da gestão...’.”
“No processo de evolução cultural, a base e o topo se envolvem, mas a média liderança é um problema...”
Hoje cresce a consciência de que não há espaço para esses problemas nas empresas que buscam resultados excepcionais. Nossas pesquisas revelam que a média gerência ainda não é proprietária do poder de sua função: em uma régua de zero a 100 na qual 100 é a pior nota, a dela é 65. Grande parte do seu tempo é consumido na burocracia e no corre-corre da busca de informações, situação piorada pelos silos... “Não sobra tempo” (frase frequente em seu discurso) para conhecer melhor suas pessoas, liderá-las, geri-las.
A frequência de conversas produtivas com seus líderes é insuficiente. Vez por outra a média gerência expressa sua admiração por um ou uma “chefe lá do topo”, sentimento não necessariamente compartilhado por lideranças diretas desse distante “chefe”. E atenção!: se em um processo de cultura a média gerência não está engajada, devemos analisar duas hipóteses: ou o método utilizado não é adequado, ou o topo não faz o dever de casa. “Nem tudo é responsabilidade do líder”, porém, em ações e decisões como essa, ele deve ter a coragem de, se necessário, mudar de método.
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É preciso estabelecer metas coletivas e individuais, avaliar meritocrática e respeitosamente o desempenho, apoiar o desenvolvimento das pessoas, prover ferramentas, tomar as decisões devidas e, quando necessário, demitir. Não se engane: se uma pessoa que está sob sua liderança não performa satisfatoriamente e você a mantém “quietinha” para evitar que sofra, logo a autoestima dela estará no chão e um círculo vicioso, ainda mais negativo, virá. Aquela que se esconde confortavelmente atrás de uma nota mediana, sem se incomodar, tende a achar um culpado por sua medíocre performance... Sinal vermelho!
Para mudar esse fluxo é necessário conhecer as pessoas, ou seja, compreender as forças, os gaps, os desejos de carreira e de vida dessas pessoas. Significa pôr a régua do desafio no lugar certo: nem no inatingível nem no conforto. E para isso é preciso ter tempo!
Aliás, aqui entramos em outro tema complexo: nas empresas têm-se misturado conforto e acolhimento de forma inadequada. Tão necessário, especialmente neste mundo de emoções instáveis, não raro infantis, o acolhimento não medida errada traz dificuldades de responsabilização das pessoas inclusive das lideranças. As rédeas soltas atrapalham e, por vezes, as rédeas presas também atrapalham. A média gerência resistente atrapalha, o recuo do topo na responsabilidade que é dele também atrapalha, a desorganização do Brasil institucional atrapalha, a atitude infantil do cidadão que reclama e não assume o seu lugar de protagonista também atrapalha...
Está na hora, ou já passou da hora, de parar de dar atenção ao que não funciona, de reclamar, de atrapalhar. Especialmente você que tem poder, não se acovarde, esta é a hora de agir!
Betania Tanure é doutora, professora e consultora da BTA.
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Teacher at Trend School
2 mBetânia, excelente maneira de ver middle managent. Está na hora de reclamar e agir corretamente e rápido!
Gerente de Projetos | Aprendizagem | Educação Corporativa | Desenvolvimento de líderes e equipes
2 mOlá Betânia, excelente reflexão. Precisamos nos ater e fortalecer aos pilares da gestão: Liderança; Comunicação; Treinamento e capacitação; Trabalho em equipe; Processos. Abraços, Érika
Diretor da CEDEM Consultoria, Conselheiro
2 mMuito a fazer, não é Betania?
Head of Legal | Diretor Jurídico | CLO | Expert em Governança e Desenvolvimento Regulatório | Especialista em Fusões & Aquisições | Liderança Jurídica Corporativa | Gestão Estratégica de Projetos e Transformação Cultural
2 mBetania, se tem uma coisa latente nas empresas que conheço um pouco mais de perto é o medo de demitir porque falta gente no mercado! A nova geração não quer abraçar e aí a gente vai dando um “jeitinho” Você percebe isso aí também nas maiores do Brasil?
Paulo César
2 mMuito informativo