Processo de Análise e Solução de Problemas
Por muito tempo conduzi reuniões de análise e solução de problemas as quais colaboraram para um amadurecimento do meu raciocínio quanto a aplicação adequada da técnica MASP.
Em muitas das reuniões as quais participei como membro da equipe pude observar que eram gastos tempos consideravelmente longos na construção do diagrama de espinha de peixe. Isto ocorre porque é muito comum que estas reuniões se iniciem com o levantamento das possíveis causas utilizando diretamente o diagrama de Ishikawa.
Isto faz com que o foco principal da reunião, que é a utilização do conhecimento do grupo, seja dividido com a preocupação em posicionar aquela possível causa em um dos "M's" do diagrama. Ocorre que o isto não é o ponto fundamental da metodologia de análise e solução de problemas.
A espinha de peixe deve ser utilizada como forma de organizar aquilo que foi levantado na primeira parte da reunião, ou seja, no brainstorming, o qual, deve ser aplicado seguindo todos os seus preceitos, isto é, deve ser conduzido por uma pessoa com domínio sob a técnica, utilizando-se de papéis para registro das ideias, com tempo definido é controlado.
Somente após a realização do brainstorming as possíveis causas devem ser posicionadas nos seus respectivos "M's" do diagrama e uma análise visual da espinha de peixe deve ser realizada com intuito de avaliar se existem ramificações com poucas ou até mesmo nenhuma possível causa associada. Caso sejam observadas ramificações "pobres" em informação, o mediador da reunião deve conduzir uma nova rodada de brainstorming com foco nestas ramificações. Esta é uma atividade fundamental, pois, somente assim trabalharemos com a maioria das possíveis causas para um determinado problema possibilitando implementar ações para prevenir sua ocorrência motivada por outras causas que não a geradora do problema.
Terminada a reunião com o grupo é hora de colocar a "mão na massa" e partir para a validação das possíveis causas levantadas no brainstorming e posicionadas no diagrama de Ishikawa. É neste momento que é gasto a maior parte do tempo de todo processo de análise, pois, depende do levantamento de informações administrativas, coleta de dados do processo, realização de testes, acompanhamento de produção, etc.
Logicamente que o tempo gasto com esta atividade está diretamente associado com a quantidade de pessoas direcionadas para realização da mesma, porém, é inegável que a energia gasta para as validações é consideravelmente superior àquela gasta durante o levantamento de ideias.
Conte-nos sobre sua experiência!
Um abraço!