Produção de conteúdo X chatGPT: há convivência possível?
Já perdeu o sono pensando quando (não é mais ‘se’) você vai perder seu emprego para o #chatGPT? Tem muita empresa repensando contratos com fornecedores e gerando conteúdo pela ferramenta de IA. Funciona? Depende do objetivo. Se for algo mais simples, rápido e superficial, funciona.
Veja bem, notícia recente da Folha já fala que quase metade das redações jornalísticas em todo o mundo têm usado chatGPT para criar textos de forma limitada, pesquisas simples, correção de textos e melhoria de fluxo de trabalho. Usando bem, que mal tem? Mas quando o assunto depende de apuração e precisa ser exclusivo, é preciso ter uma equipe. Perceberam que em alguns casos, o chatGPT cria informações que não existem.
Como bem pontuaram os psicólogos Morten Christiansen e Nick Charter nesta entrevista ao jornal Valor Econômico, a IA pode gerar textos gramaticalmente corretíssimos mas com informações absurdas e problemas semânticos. Sem contar que, como a IA é alimentada por textos já publicados na web, e como os conteúdos gerados por ela vão novamente para a web, esse sistema se retroalimenta e pode acabar sufocando a diversidade e a originalidade se usado sem cautela e discernimento.
O grande desafio é entender os limites da ferramenta e usá-la adequadamente. IA é um bom parceiro para encurtar processos, agilizar pesquisas, trazer bases para o começo de um texto (sabe quando a gente demora pra conseguir escrever a primeira linha?). Mas ainda não substitui a checagem das informações, a criatividade e a originalidade que o olhar humano traz ao processo.
E pra quem ainda está na dúvida, este podcast elucida muito bem os limites e da IA e o quanto vale a presença e, principalmente, a criatividade do ser-humano no processo.