𝘼 𝙑𝙪𝙡𝙣𝙚𝙧𝙖𝙗𝙞𝙡𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙦𝙪𝙚 𝙡𝙞𝙗𝙚𝙧𝙩𝙖.

𝘼 𝙑𝙪𝙡𝙣𝙚𝙧𝙖𝙗𝙞𝙡𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙦𝙪𝙚 𝙡𝙞𝙗𝙚𝙧𝙩𝙖.

Já parou para pensar em se tornar vulnerável?

Como assim, Lúcio? Abrir a “guarda” e correr o risco de ser golpeado? Isso mesmo, acertou.

Alguns momentos a vulnerabilidade pode ser interessante e te colocar em um patamar muito maior do que aquele em que você está no momento.

Concordo que antropologicamente, isso não faz o menor sentido, uma vez que o Homem sempre busca estar blindado contra qualquer ataque que venha contra sua vida. Agora, falando de uma maneira mais filosófica, essa busca constante por ser “Forte” (já tratei sobre isso no artigo “O Homem forte, e o Homem mais forte no Linkedin) tem trazido uma dupla face a essa história: a de estarmos preparados para todos os ataques que nos são impostos, mas também a impossibilidade de abrirmos nosso coração para sermos sarados. Lembre-se que em quase todos os casos nossa ruína começa de dentro para fora.

Uma coisa é certa, enquanto estivermos vivos seremos feridos e também machucaremos outros, e infelizmente essa é a dinâmica dos relacionamentos, mas para que sejamos sarados é imperativo que abramos a “guarda” com alguém (de confiança é claro) e que seja maduro o suficiente para nos dar uma direção sadia e segura.

Nesse mundo líquido “Vivemos um tempo em que estamos constantemente correndo atrás. O que ninguém sabe é correndo atrás de quê” como bem definiu o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Essa fluidez moderna não tem permitido a humanidade do Humano ser exposta para ser tratada já que tudo acontece muito rápido. Quando bem percebemos, já estamos lá na frente e o assunto já passou. Temos que fingir ou mostrar o tempo todo que estamos bem e nesse contexto as redes sociais têm sido as grandes vilãs desse quadro.

No mundo do trabalho, aí que temos que mostrar que somos “super, extra-power” profissionais fortes, que passa por cima de tudo e de todos que se colocarem em nosso caminho. Precisamos "bater metas" batendo em tudo e em todos.

Infelizmente, é durante essas lutas que estamos travando com os inimigos mais variados e que externamente podemos até estar vencendo é que as batalhas internas estão sendo perdidas. Nossas emoções estão ficando enfraquecidas.

Muitos soldados sendo feridos por outros, e nesse processo de feridas estão se fechando cada vez mais para a cura. Somos machucados por pessoas, mas esquecemos que são pessoas especiais que nos curam também.

Eu sei muito bem que quando somos machucados a tendência natural é de nos fecharmos mais ainda para blindarmos nossa ferida, é até um instinto de sobrevivência, mas isso não é nada bom quando colocamos como estilo de vida. Precisamos ter a sensibilidade de escolher uma pessoa para pedir ajuda. É impossível que no universo das nossas amizades não exista uma que realmente possa nos ajudar e nos dar uma palavra de orientação.

A Vulnerabilidade que liberta está exatamente nesse ponto. Nossa “lepra” precisa ser exposta a alguém que possa nos ajudar nesse processo. Basta uma breve busca na internet que você verá que a depressão está ceifando muitas vidas. Busque e verá que a raiz do problema de boa parte tem seu fato gerador nos relacionamentos mal resolvidos e na interiorização das tristezas.

Talvez você até me fale: - Lúcio, isso hoje não é mais possível. Você realmente acredita que podemos confiar nos outros? A resposta é simples e direta: Sim! O ser humano tem por característica ser gregário e sociável e não acredito que isso se perderá com o tempo e a evolução, mas concordo que o número de pessoas problemáticas têm aumentado, mas também há sem dúvida muitos que estão com suas emoções saudáveis, prontas a nos ajudar.

Há um clamor velado para a futilidade do bem-estar fácil e insipiente, que tem trazido consigo o vazio na alma e relacionamentos frágeis, mas uma coisa precisa ficar muito clara: É no processo de dor e ferida que a ostra produz a pérola e que embora no calor da batalha nasçam os heróis, será na vulnerabilidade de um coração despido que crescerá um Humano invencível.

Meu desejo é que você seja vulnerável.

Fraterno abraço.

Professor Lúcio Reis

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