Profissionalismo - Brincadeira de gente grande.
Já foi dito por aí, "não julgue um livro pela capa". Convenhamos, é fato que aparência conta muito quando trata-se de profissionalismo, mas não é sempre que colocar um terno e vestir-se bem resolve tudo. Há muitos coringas de terno e reis de pijamas. Há pessoas que afloram suas carreiras ainda bem jovens e de fato enfrentam diferentes olhares durante essa jornada.
Já tive varias dessas experiência de desafio à idade. Imagine você o impacto de um jovem de entre 18 e 25 anos ao tratar de assuntos fora do padrão. Por vezes, em lugares de destaque, os olhares são de incerteza. Recordo-me de dois exemplos. A primeira foi quando fiz um "freela" de vídeo para uma empresa de médio porte:
- Ao chegar na empresa fui recebido por um dos funcionários que perguntou-me com quem gostaria de falar [acredito que ele pensou que eu fosse algo como um familiar de alguém que acabou de sair da escola carregando uma mochila nas costas]. Respondi à pessoa quem eu procurava, o que o fez perguntar: "então você que é o Natanael?", "eu mesmo". Surpreso o Jovem foi chamar a pessoa responsável, enquanto eu aguardava sentando em um dos lugares mais bonitos que já havia visto.
- Já na sala, a pessoa que me atendeu já conhecia meus serviços, sabia da seriedade e me escolhera crendo nisto. Mas ainda aquela tarde outro daqueles olhares viria à tona, quando um dos sócios da empresa se deparou conosco. Era como ler em sua mente: "esse menino fará o que a gente precisa?".
Outra ocorrera quando fui chamado a palestrar pela primeira vez:
- Era em uma faculdade famosa em brasília, para o curso de Jornalismo. Havia me preparado diligentemente, inclusive adaptado a apresentação com informações atualizadas para o curso em questão com temáticas correlatas a ele. O inicio da palestra contou com certo delay, então ao chegar misturei-me facilmente à turma até a hora de falar. A surpresa tomou o ambiente. Um jovem estudante levava conteúdo a pessoas mais velhas que ele. Sim! Sem temer. aproveitei cada segundo.
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Isso tudo não me incomoda, confesso que acho divertido, ruim na medida em que impede a aplicação do meu trabalho ou dá margem a pessoas de caráter duvidoso. Afinal, tudo ocorreu muito bem em ambos os exemplos; da etapa de conquista pela confiança dos responsáveis à conclusão do serviço, grandemente elogiado. ensinou-me algumas coisas:
- Confie em seu trabalho, se você não acreditar em si mesmo não importa o quanto apostem em você. Conhecimento é a entrada, força de vontade e fé propria é o tempero dos resultados.
- Aprenda como falar; Observe o ambiente em que está e adapte-se a ele, sem abandonar um linguajar adequado e profissional (isso não significa usar jargões, mas sim colocar-se profissionalmente) e se você deseja respeito, trate com com respeito. Ter bons modos nunca é demais.
- Busque maturidade; Amadurecer é como sair de um casulo, leva tempo e esforço. Não importa a sua idade, maturidade não se conta em números. E se um olhar julgador te quebra por completo e te faz desistir, é sinal que não lhe cresceram os dentes ainda.
- Seja você mesmo. Com todo cuidado com a imagem parece até que deve-se abandonar sua própria identidade. Pelo contrario, deve-se buscar aprimorar o que te faz você. Isso é a sua marca, o que te colocará em destaque mediante seu trabalho. Imagem é uma boa ferramenta, mas se vive incomodado com a vida adotada pergunte-se: "estou realmente onde ou aonde gostaria de estar?"
É! Afinal acredito no potência dos pequenos, eles podem sim surpreender. E é nessa simplicidade, dos pequenos, que os profissionais de excelência são formados.
Concluo com as palavras do ilustre Blaise Pascal,
"Ninguém é tão sábio que não tenha algo pra aprender e nem tão tolo que não tenha algo pra ensinar"
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