Programação com IA bate um bolão
Atualmente o uso da IA (Inteligência Artificial) nas mais variadas atividades, ocupa boa parte da mídia e, confesso, que quando estas matérias começaram a aparecer, não consegui sentir que ela teria muita influência no desenvolvimento de software no curto prazo. Pois é, errei feio...
Comecei, acho que como todo mundo, com o famoso ChatGPT em consultas básicas, tirando uma dúvida aqui e outra ali, até que descobri o COPILOT e o CODEIUM. Não me atrevo a detalhar o uso destas ferramentas, pois respectivos sites, tutoriais e vídeos disponíveis, fazem muito bem este papel, porém, posso passar minha experiência no uso destas, pois acredito, pode vir a ser um atalho para outros que resolvam ganhar tempo neste tipo de trabalho.
De cara posso dizer que senti que o COPILOT aceita bem longas descrições (na versão “free” até 2000 caracteres), gerando um código “arrumado” e com bom nível de detalhes. O CODEIUM disponibiliza chat no qual pode ser inserido um prompt e consequentemente gerar código, porém não “aceita muito bem” longas descrições, em compensação possui ferramental que meio que adivinha / programa junto com você quando da digitação do código (explico melhor a frente).
Tendo em vista estas características, trabalho atualmente iniciando pelo WORD (é você está lendo WORD mesmo) no qual descrevo o que desejo que seja gerado (prompt), com bom nível de detalhe, tal uma “User Story” detalhada, incluindo por exemplo, a indicação da linguagem, bibliotecas de preferência, eventuais conexões externas (uma base de dados por exemplo) e por aí vai. Este detalhamento, permite que o COPILOT gere o código já com os nomes definitivos de variáveis, tabelas, colunas, interfaces e etc, economizando tempo na posterior adaptação.
Após ler e revisar o registrado, copio todo o texto e o submeto ao COPILOT. Caso o prompt tenha mais que 2.000 caracteres, fatio o texto em pedaços que não ultrapasse este valor e os submeto em sequência, pois o COPILOT é inteligente o suficiente para detectar que é uma continuação gerando um código completo. Passo seguinte, faço uma análise do código gerado para detectar pontos que considero que necessitem correções e/ou complementos; dependendo do encontrado, melhoro partes das descrições e re-submeto o prompt, no todo ou em partes, na tentativa de que a próxima geração chegue mais perto da versão que desejo.
Quando satisfeito com o código gerado, o insiro no ambiente do Visual Studio Code, no qual o CODEIUM já está implementado e inicio processo de depuração / avaliação dos resultados obtidos. Por que não faço logo tudo no CODEIUM? Como coloquei anteriormente, senti que ele não fica “à vontade” com prompts longos, porém ele é fantástico se você submete ao mesmo um código pré-pronto, pois este possibilita que:
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Finalizando, ambas as ferramentas “conversam” em português e suas versões “free” são perfeitamente capazes de realizar o trabalho descrito para uma quantidade considerável de linguagens (no momento uso SQL e PYTHON).
Cabe ressaltar que a IA (pelo menos por enquanto), a não ser em casos muito simples, dificilmente dará uma resposta totalmente correta, por isso, o conhecimento da linguagem a ser usada é fundamental. A IA é esperta, mas (pelo menos por enquanto) necessita supervisão e revisão.
Ah! E não esqueça de agradecer as IA’s quando terminar o trabalho (...brincadeirinha).