Projeções apontam crescimento robusto no agronegócio brasileiro nos próximos dez anos
Filipe Oliveira
Analista Fiscal | Economista | Mercados Financeiros | Análise de Investimentos | Gestão Financeira | Planejamento | Modelagem | Macroeconomia | Microeconomia | Finanças Corporativas | Análise de dados | Gestão de Riscos
O agronegócio brasileiro está projetado para alcançar um crescimento expressivo na próxima década, impulsionado tanto pelo aumento da produtividade quanto por iniciativas sustentáveis, como o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, que disponibiliza crédito para recuperação de terras improdutivas. Com isso, espera-se que a área plantada no país aumente em 15,5%, chegando a 92,2 milhões de hectares até 2034.
De acordo com o relatório "Projeções do Agronegócio, Brasil 2023/2024 a 2033/2034", divulgado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com apoio da Embrapa, a soja deve se consolidar como a cultura de maior volume, com uma produção estimada em 199,4 milhões de toneladas – um aumento de 52 milhões de toneladas. O milho safrinha também deve registrar expansão significativa, com previsão de atingir 153,1 milhões de toneladas, em parte devido ao aumento da demanda na produção de etanol. Já o arroz poderá alcançar 13,7 milhões de toneladas, garantindo a autossuficiência interna e gerando excedentes para exportação.
Em proteínas animais, a maior projeção de crescimento é para a produção de aves, que deve aumentar em 28,4%, seguida pelos setores de suínos e bovinos, com crescimentos de 27,5% e 10,2%, respectivamente. O cenário é impulsionado por acordos comerciais que fortalecem o posicionamento global das carnes brasileiras, com estimativas de exportação de aves, suínos e bovinos em altas de 29,7%, 22,5% e 27,1%, consolidando o Brasil como um dos principais exportadores mundiais.
Essas projeções, que incluem uma análise de 28 produtos, entre grãos, frutas e proteínas animais, oferecem uma visão estratégica para o planejamento do setor público e privado. O crescimento do agronegócio deve contribuir significativamente para a economia brasileira, reforçando o protagonismo do Brasil nos mercados globais e promovendo práticas sustentáveis que atendam às demandas internacionais e aos desafios das mudanças climáticas.