Pronto, chegou a hora do Xeque-mate da negociação
Quando o rei é atacado por uma ou mais peças e não pode mais movimentar-se temos o Xeque-mate! Todos os movimentos do jogo de xadrez existem para chegar nele. Mas ao que você acha que podemos compará-lo em uma negociação?
Afinal, chegamos até aqui estabelecendo esses paralelos. No primeiro deles, associei as primeiras jogadas que abrem o jogo, feita com os peões, aos documentos iniciais que abrem a negociação, isto é, o Memorando de Informações e o Acordo de Confidencialidade. Depois foi a vez de ver que a versatilidade da dama no tabuleiro combina bem com a importância do valuation. Mas o xadrez não se faz apenas com peões e damas. A estratégia depende de outras peças como os cavalos, os bispos e as torres e te contei como essa tríade de peças se reflete bem nas estratégias do processo de negociação e no uso de documentos como Memorandum of Understanding (Mou), a Due Dilligence.
Agora, vamos então ao Rei e ao xeque-mate!
Confira o que é o xeque-mate da negociação de empresas
Por incrível que pareça vou começar essa comparação pela sua diferença. O xeque-mate do xadrez pressupõe que alguém saia perdendo enquanto o outro está ganhando e o da negociação é exatamente para o ganha-ganha. Mas esse resultado só acontece quando todas as peças da jogada foram bem utilizadas e isso aparece refletido em um contrato de fechamento eficiente.
Um contrato eficiente, é aquele que reflete um processo de negociação igualmente eficiente.
Xeque-mate!
Via de regra, as situações mais sensíveis para um contrato eficiente e que merecem atenção especial são:
Esse contrato principal de fechamento normalmente é de dois tipos que são:
Contrato de compra e venda de quotas ou de ações: É utilizado quando o comprador adquire participação societária total ou parcial do vendedor.
Contrato de compra e venda de ativos: Utilizado em caso de aquisição direta de ativos, sejam eles valores de caixa ou a receber, estoque ou o imobilizado (menos o valor da depreciação).
Acordo de sócios: o contrato que não pode faltar para o xeque-mate
Quando comprador e vendedor se tornam sócios, não dá para ficar sem o acordo de quotistas (ou cotistas). Enquanto o contrato principal disciplina o relacionamento entre as partes para o fechamento do negócio esse acordo de sócios o complementa ao normatizar o relacionamento após o fechamento do negócio.
Os sócios acordam nesse dispositivo temas sensíveis como:
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- Mecanismos para compra e venda de quotas ou ações e direito de preferência;
- Exercício do direito de voto e poder de controle;
- Direito ou obrigação de venda conjunta, respectivamente, tag along e drag along;
- Opções de compra e de venda, tecnicamente chamadas de call option e put option;
- Obrigações de não concorrência;
- Mecanismo de solução de impasse na votação de matérias, tecnicamente chamados de “Deadlock”.
Por isso, o acordo de sócios é uma estratégia vital, que deve ser combinada durante a negociação e formalizada com os combinados essenciais para o relacionamento entre os sócios funcionar bem.
Confira outros instrumentos que podem ser essenciais na reta final
Além do contrato principal e do acordo de sócios outros instrumentos podem ser essenciais.
No caso da aquisição de participação societária, os principais instrumentos são:
Além disso, há fechamentos de negociação que requerem também:
Por incrível que pareça isso ainda não é tudo. Outras medidas previstas no contrato principal podem ser necessárias.
Um contrato eficiente é a solução antecipada dos problemas que poderiam aparecer no futuro.
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