Propaganda no rádio AM: reinventar-se é preciso
O mercado do rádio AM no Brasil vem passando, há pelo menos dez anos, por um processo de declínio. Primeiro, com a própria migração do público para as plataformas online (ainda que os dados apontem o rádio como meio habitual de consumo de mídia para 89% dos brasileiros). Depois, com a ida das principais redes de rádio para o FM, o público que se mantêm sintonizado no AM é cada dia mais escasso - quem permanece, por outro lado, mostra um traço importante para o anunciante: fidelidade.
Rádio é mídia. E a mídia se mantém em funcionamento por meio de financiadores que, na maioria das vezes, anunciam suas marcas, produtos e serviços em troca de aportes financeiros. Encontrar quem aposte no rádio AM hoje tem sido um desafio desgastante para os gestores das emissoras, especialmente por conta do "declínio histórico" que essa mídia vem sofrendo.
A propaganda tradicional do rádio AM (baseada no spot, no testemunhal e no link ao vivo com o anunciante) já mostra sinais claros de esgotamento. E, num momento em que as emissoras AM do Brasil precisam de caixa para investir na migração para o FM (que está em fase de regulamentação), reinventar-se é imperativo dentro do departamento comercial das emissoras.
O terreno para esse novo caminho de sustentabilidade financeira ainda é pantanoso. A valorização do online, combinando ações on air, e as parcerias para levar a marca da emissora a outros ambientes que não o aparelho de rádio (em eventos ou projetos sociais e culturais, por exemplo) são caminhos promissores a serem desbravados.