#psicologiaemreproducãoassistida
O mundo exige do sujeito da pós-modernidade sucesso em todas as áreas da vida (Mann & Mann, 2014), dando-lhe liberdade de escolha de ter filhos ou não. A opção de constituir uma família, para a maioria dos indivíduos, geralmente é secundária ao desenvolvimento de sua carreira profissional e independência, o que requer o adiamento da maternidade (Lopes, 2010). Nesse projeto parental, a maioria dos indivíduos inclui a presença de filhos biológicos, fantasiando com o parceiro ou de forma individual, como será sua descendência (Carrillo & Pareja, 2009). Se o parentesco é considerado uma construção social, calcado numa base biológica, as técnicas de reprodução assistida alterariam a própria base dessa construção (Luna, 2002). Nesse cenário, não há um bebê sem que haja todas as partes envolvidas na sua concepção, quer sejam doadores ou receptores de gametas (Ehrensaft ,2014),