A publicidade brasileira já se adaptou ao ~novo normal~?

“Novo normal”, expressão controversa que busca refletir os comportamentos sociais pós Covid-19. Cidadãos mais concientes, valorização do comércio local, restaurantes com distanciamento entre mesas e cinemas com poltronas espaçadas são alguns dos comportamentos agrupamos nesse novo conceito. Mas o que dizer das marcas neste momento? Onde elas estão e para onde elas vão? 

Não ouso dizer que sei a resposta desta questão mas me questiono se - talvez - a publicidade e as marcas não estejam vivenciando a melhor oportunidade de conexão com os seus consumidores nos últimos tempos?

Se por um lado temos diversos setores da indústria fechados, por outro, temos setores se transformando totalmente e/ou acompanhando o comportamento dos seus consumidores de maneira ímpar. Pensa comigo:

As buscas por “Moletom Tie Dye” no Google cresceram 700% só durante os últimos 90 dias (eu mesmo fiz uma coleção completa de toalhas de banho e regatas rosas e roxas em tie dye durante essa quarentena)

Nesse cenário, a marca @corantesguarany enviou um press kit completo para a influenciadora @gioserrano (570k followers) apresentando toda a gama de cores e um material impresso de como fazer os diferentes tipos de tingimento em tecido.

E quando pensamos no segmento de alcoólicos? basicamente a Brahma tomou as redes sociais com o "Circuito Brahma Live"

Apresentando as lives dos maiores nomes das música atual no Brasil e a nova "Brahma Duplo Malte" com frete grátis no @Zédelivery , com isso, atingindo números astronômicos de impacto digital.

Mas afinal, se nós publicitários/planejadores sempre desenvolvemos estratégias com base nos anseios e nas problemáticas dos consumidores, não seria este o momento de comunicarmos ainda mais forte? já que esses anseios estão cada vez mais latentes e buscados no google?

O cuidado fica por conta da conexão social, as pessoas querem e esperam um engajamento e um entendimento real das marcas com a sensibilidade do momento (mas esse é um papo para outra conversa)

[Este texto é uma análise de um recorte do mercado publicitário e não tem a pretensão de minimizar a gravidade do momento atual no Brasil. Fiquem em casa e lavem as mãos]