Publicidade social, empatia ou lucro?
Somente no século XXI, especificamente nos dias de hoje, a sociedade tem se mostrado mais empática com certas causas sociais, em especial negros, mulheres, LGBT e as classes que estão no inferior da nossa pirâmide econômica.
Apesar do nítido e triste atraso, é louvável que em algum momento isso saiu dos discursos moralistas e realmente, mesmo que pouco, podemos enxergar certa evolução.
Diante disso, um grande número de empresas vem atrelando suas campanhas publicitárias justamente às pessoas que levantam essas bandeiras, querendo mostrar que também são solidárias.
Mas até que ponto isso realmente traz progressos à tentativa de igualdade dessas causas?
Claro que expondo as situações de preconceitos cotidianos que sofrem qualquer uma delas, já expõe a necessidade de progresso nessas questões, mas também vem sido utilizada, de forma até que singela, como simplesmente um target de mercado. Por conta disso, algumas empresas até mesmo foram alvo de retaliações e campanhas de repudio na internet, mostrando o quanto a sociedade está atrasada nesse ponto.
Enxergar essa preocupação somente para fins comerciais pode parecer errado ou até mesmo uma contrapartida pelo "empenho" das empresas, mas ainda é uma questão para ser observada com atenção, principalmente os desdobramentos e a continuidade desse novo posicionamento, nunca esquecendo que ainda estamos engatinhando e muita coisa ainda precisa ser feita.