Quais os impactos da Inteligência Artificial (IA) na Educação?
A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser ficção, ela vem ganhando espaço cada vez maior em nossa realidade humana, inclusive no contexto da educação. Com mudanças aceleradas, nosso cotidiano tem sido surpreendido por novidades que encantam e, ao mesmo tempo, disparam muitos alarmes.
As previsões para o futuro parecem um verdadeiro “bug” nas mentes videntes que enxergam a evolução e a extinção do ser humano no mesmo caminho. A avalanche de informações dos últimos tempos tem provocado reflexões das mais otimistas as mais catastróficas.
E afinal, quem é essa tal Inteligência Artificial, intimamente chamada de IA?
Tentar definir a IA seria um devaneio, considerando que se trata de um campo multidisciplinar em constantes atualizações. Enquanto falamos aqui, muitas coisas estão acontecendo no mundo das tecnologias, há um sério risco de ao final deste texto termos informações já obsoletas. O que se pode dizer é que a IA é um campo da ciência, cujo propósito é estudar, desenvolver e empregar máquinas para realizarem atividades humanas de maneira autônoma.
Mas será que as máquinas conseguem mesmo imitar os humanos?
Os algoritmos trabalham perfeitamente bem, mas não têm a mesma capacidade do cérebro humano. Diante de uma variável não prevista e, portanto, não programada, o sistema fica sujeito a erros que podem prejudicar os resultados. Quando surge um dado inesperado, a solução computacional pode se perder e terá que ser reprogramada. Por outro lado, nós humanos conseguimos lidar com demandas que não foram antecipadas, ou seja, usamos nossa criatividade e habilidade de resolução de problemas para lidar com tais situações imprevistas.
Agora vamos ao foco deste texto: quais os impactos da IA na educação?
Um dos objetivos do uso da IA na educação é compreender de maneira mais profunda e detalhada como o aprendizado se desenvolve nos grupos, mapeando ainda os perfis individuais dos alunos para que sejam planejadas aulas mais flexíveis e inclusivas. As ferramentas podem até mesmo identificar como os alunos estão se sentindo para ajudar educadores na desafiadora missão de criar ambientes de aprendizagem que sejam atraentes e funcionais.
Somado a isso, a automação de algumas operações escolares tem como meta reduzir o tempo dos professores gasto em planejamentos e preparação de aulas, além de algumas atividades administrativas que desempenham. As tarefas repetitivas podem dar lugar às criações e estudos. Isso não elimina a figura do professor humano, mas certamente tornará necessário um reposicionamento desse profissional nas instituições escolares que já seguem por caminhos híbridos.
Vamos pegar carona agora no polêmico ChatGPT para refletir sobre um ponto importante:
O ChatGPT, sistema de inteligência artificial que emergiu nos últimos dias, tem causado reações um tanto aquecidas em alguns países estrangeiros. Colégios de algumas regiões bloquearam o acesso ao robô, temendo que os alunos começassem a fazer uso abusivo e indiscriminado da ferramenta.
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É mesmo um caso para se pensar: se o aluno tiver quem faça por ele o esforço de solucionar problemas, talvez deixe de pesquisar novas fontes de informações, bloqueando sua criatividade.
O ponto, porém, não é somente o "copiar e colar". Podemos ter impactos estruturais no aprendizado humano. Sabe-se que o cérebro humano vem reduzindo lentamente de tamanho, em função do desenvolvimento tecnológico, e esse processo pode ser acelerado com o uso de ferramentas como essa. Teremos avanços do ponto de vista técnico, mas podemos estar limitando nosso desenvolvimento cognitivo. Ao escrever uma redação, por exemplo, trabalhamos a coerência e coesão do texto, encadeando as ideias e criando narrativas, o que contribui para o processo de aprendizagem.
Alguns estudos mostram que as tecnologias facilitadoras podem reduzir a capacidade de abstração do cérebro humano e outras capacidades que se desenvolvem por esforço cognitivo, fatores que podem gerar um declínio da inteligência.
Nada concluímos ainda, mas podemos pontuar que a tecnologia tem polaridades, se por uma lado amplifica nosso pensamento agilizando análises de dados para buscar novas soluções, por outro, nos acomoda. Precisamos ficar atentos, já não são mais as respostas que importam e sim as perguntas. O pensamento crítico precisa sobreviver, e a ética também.
A título de curiosidade, a OpenAI vem trabalhando em uma espécie de marca d'água digital para identificar conteúdos originados no ChatGPT. Já existem algoritmos que calculam a probabilidade de um texto ter sido feito por um chatbot.
Perfumaria de final de texto:
Este conteúdo foi construído por uma mente humana, com base em leituras de textos diversos sobre o tema. Com todo o meu respeito à IA, hoje escolhi juntar as palavras ao meu gosto.
Sandra Lorandi
Psicopedagoga / Licenciada em Letras
Representante Comercial
1 aUma excelente reflexão 👏👏
Psicóloga | Especialista em Qualidade de vida e Gestão de Saúde | Palestrante | Facilitadora da Aprendizagem | Focalizadora de Dança Circular, Instrutora de Mindfulness, Educadora e Terapeuta Financeira.
1 aAdorei o texto e a oportunidade de refletirmos sobre essa questão! Precisamos saber usar essa tecnologia ao nosso favor. Muitas vezes, se estivermos no piloto automático perderemos nossa capacidade de avaliar, daí a importância também das pausas e cuidados com a nossa saúde integral! Nesse contexto, a meditação Mindfulness é uma grande aliada para manter a nossa mente atenta e forte, fator primordial para ampliar a nossa capacidade de aprendizagem! Muitos desafios nos aguardam. Valeu amiga Sandra R. Lorandi! Avante!