Qual é a condição emocional do seu time de trabalho? Está sabendo lidar com isso?

A partir de 2020, pós-COVID-19, trabalhar com grupos e equipes tem apresentado desafios importantes no que diz respeito a alguns aspectos emocionais visíveis. Veja aqui alguns desses aspectos:

1. Ansiedade: Em número significativo, pessoas sentiu ou ainda sente ansiedade em relação a estar no trabalho presencial após um longo período de trabalho remoto ou de distanciamento social. Essa ansiedade surgiu em função da preocupação com a saúde e segurança, ajuste às mudanças de rotina ou incertezas sobre o futuro.

2. Estresse: A pandemia causou um grande impacto em nossas vidas, resultando em estresse adicional. Esse estresse pode estar relacionado a questões financeiras, preocupações com a saúde, adaptação a novas formas de trabalho ou preocupação com familiares e entes queridos.

3. Exaustão emocional: O trabalho remoto, o distanciamento social e as restrições podem ter causado exaustão emocional em alguns membros da equipe. A falta de interação social presencial e a dificuldade em separar o trabalho da vida pessoal podem ter contribuído para essa exaustão. Os especialistas em comportamento humano, comentam que a humanidade levará alguns anos para se “livrar” desses sintomas emocionais que se manifestaram no trabalho e na vida pessoal.

4. Motivação e engajamento: Foi bastante significativa a forma como a pandemia afetou a motivação e o engajamento das equipes. A falta de contato pessoal, a ausência de estrutura presencial e a diminuição do senso de propósito podem ter um impacto negativo nessas áreas. Uma fase em que muitos de nossos medos desconhecidos vieram à tona.

Veja algumas estratégias que o (a) gestor(a) pode adotar para lidar com essas questões emocionais:

1. Comunicação aberta: Construir uma comunicação transparente e assertiva com a equipe, fornecendo informações claras o que se espera de cada um, proporcionar um ambiente emocionalmente seguro. Observar cuidados de saúde e segurança adotadas, bem como compartilhando informações relevantes para o andamento do trabalho, estar aberto(a) às mudanças na dinâmica de trabalho da equipe.

2. Suporte emocional: Uma nova habilidade para a gestão é estar atento(a) às necessidades emocionais dos membros da equipe e disponível para oferecer apoio e orientação caso necessário. Isso pode incluir a realização de sessões individuais ou em grupo para permitir que os membros da equipe expressem seus sentimentos e preocupações. Há necessidade de capacitação da gestão para essa atividade de acolhimento, ou ainda que a empresa mantenha profissionais da área da saúde disponíveis para o atendimento de alguns casos mais sensíveis.

3. Flexibilidade: Ser flexível em relação às demandas de trabalho e às necessidades individuais pode ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade dos colaboradores. Isso pode incluir a adoção de horários flexíveis de trabalho, oferecer opções de trabalho remoto quando possível e incentivar a busca de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.

4. Estímulo ao autocuidado: Promover a importância do autocuidado e do bem-estar mental é essencial. A gestão pode oferecer recursos e dicas para ajudar os colaboradores a lidarem com o estresse e cuidarem de si mesmos. Isso pode incluir programas de saúde mental, acesso a recursos de apoio ou incentivo à prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento.

Equipe é algo diverso. É importante que a gestão esteja aberta a adaptações e atenta às necessidades individuais dos membros da equipe para lidar efetivamente com essas questões emocionais remanescentes da fase da pandemia. Cuidar e estar atento(a) a sua própria condição emocional como gestor(a), afinal todos somos pessoas.