Qual é o seu propósito?

Qual é o seu propósito?

Tive uma boa conversa com um amigo que me fez refletir. Falamos sobre carreira, escolhas e trajetória. Somos amigos de longa data, já trabalhamos juntos, além dele ter contratado meus serviços de consultoria em diferentes momentos. Ele é um executivo brilhante, competente, dedicado, muito focado em resultados e, ao mesmo tempo, que valoriza muito o comportamento humano, as relações.

 

Conversa vai, conversa vem, senti que ele não estava feliz. Enquanto narrava seus desafios atuais, eu o observava intrigada: O que não está funcionando? Por que a insatisfação? O que ele precisa descobrir? Fiz algumas perguntas. O que é importante pra você no trabalho? O que te faz brilhar os olhos? O que está faltando? E quando ele me respondia que as coisas estavam bem eu retrucava: E porque não estou conseguindo ver isso nos seus olhos?

 

De forma intuitiva, perguntei qual era o seu sentido de vida, o seu propósito. Sei que é uma pergunta complexa. E fazê-la para uma pessoa tão pragmática foi um gostoso desafio. Acredito que cada um de nós tem um motivo pelo qual estamos aqui, nesse planeta, nessa vida. Essa questão faz parte da minha vida e durante muitos anos não tive resposta. Quando consegui chegar a uma conclusão, assumi outro papel. Ao longo da minha jornada de reflexões e experiências, senti que mergulhar profundamente nesse tema – sentido – me ajudou a fazer grandes descobertas. Cheguei à palavra PROPÓSITO. Tive que identificar o que realmente gosto de fazer, o que faço muito bem, de forma natural, sem grandes esforços, simplesmente por ser nata. Algo que durante muito tempo, pensei que fosse comum para todas as pessoas.

 

Para se chegar ao propósito ou no que dá significado para nossas vidas, passamos pela descoberta do que fazemos de melhor. E esse mergulho é profundo, requer paciência, dedicação e muita respiração. Quando identificamos o que fazemos muito bem, onde brilhamos, onde fazemos a diferença, naturalmente, isso estará atrelado com o nosso propósito. Na medida em que descobrimos o que chamo de talento nato ou dom, podemos fazer escolhas mais conscientes para nossos caminhos profissionais.

 

De volta ao meu amigo, ele não está sozinho nessa questão. A maioria das pessoas passa a vida anestesiada, para não sentir, para não se conectar consigo mesma, nem com o outro, para não enxergar o que está a sua frente, a sua volta, para não refletir. Porque sentir gera desconforto, gera frustração, gera sentimentos que não queremos acessar. Ao mesmo tempo, o sentir pode nos provocar a pensar, a refletir, a agir, a fazer diferente.

 

O medo, muitas vezes, vem fantasiado de “deixa pra lá”, “pensar nisso é bobeira... é mi, mi, mi”. Digo medo porque e se eu não tiver dom algum? E se esse negócio de propósito não for para mim? Nada disso! Deixe o medo fazer parte da trajetória e caminhe com ele. Investigue. Aprofunde. Pergunte a si mesmo, a quem te conhece bem. Todos nós temos um dom. Todos nós temos um propósito nessa vida.

 

* Izabela Toledo é Director & Partner do Fesap Group, especializado em gestão de capital humano.

Belle querida, li o texto sobre propósito e gostei muito. Vamos conversar? Dê notícias. Beijo do Floreal

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